Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, apresenta atestado à Secretaria de Educação

Publicado em 24 jan 2023, às 22h40.

Durou poucos dias o retorno de Monique Medeiros – acusada de participação na morte do filho, o menino Henry Borel – ao trabalho na Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio. Nessa segunda-feira, 23, ela apresentou um atestado médico com validade de 60 dias e deixou de cumprir suas funções. A SME informou que abriu uma sindicância para apurar o caso, uma vez que suspeita da “procedência” do documento.

Servidora concursada do município, Monique Medeiros foi reintegrada ao trabalho a partir de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda em dezembro, mas o fato se tornou público no último fim de semana e gerou críticas, entre outros motivos por envolver a Secretaria de Educação.

“Pouco menos de 24 horas após as notícias de seu retorno ao trabalho, nesta segunda-feira a servidora apresentou um atestado médico de 60 dias. A equipe da Secretaria suspeita da procedência desse laudo. Por isso, todas as medidas administrativas cabíveis estão sendo tomadas para apurar essa situação”, disse o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.

O secretário ainda justificou a reintegração da servidora.

“Logo após ela ter sido solta pelo STJ, a secretaria ficou de mãos atadas. Como não há ainda uma sentença condenatória, ela não pode ser impedida de trabalhar ou ter a sua remuneração suspensa. Por isso, nós tivemos todo o cuidado de alocá-la em uma função administrativa, no almoxarifado da secretaria, longe das nossas escolas e das salas de aula”, acrescentou Ferreirinha

O laudo médico apresentado por ela nessa segunda passará por perícia.

Monique Medeiros é acusada de envolvimento na morte do filho, Henry, ocorrido em março de 2021. Ela e o ex-companheiro, Jairo dos Santos Souza Júnior, o Dr. Jairinho, serão submetidos a júri popular por homicídio triplamente qualificado. Jairinho, que é ex-vereador, também responde por tortura. Ambos negam o crime.

Por Marcio Dolzan / EstadãoConteúdo