Médico acusado de espancar cão até a morte tem pena anulada pela Justiça; entenda
Após um ano, o médico anestesista acusado de espancar um cão até a morte na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná, teve a pena anulada pela Justiça. O crime aconteceu no dia 10 de janeiro de 2022. O médico era tutor de dois animais da raça Spitz Alemão, Capitu e Bento. Capitu morreu.
Na época foi estipulada uma pena de dois anos e quatro meses de prisão. Mas, agora, o Ministério Público entendeu que ele tem direito de um acordo.
Para que o acordo fosse realizado, duas condições foram colocadas ao médico: a primeira que ele confessasse o crime de maus-tratos e a segunda a de pagar uma indenização de R$ 4 mil. Como o crime foi cometido contra um animal, o valor é revertido para o fundo municipal de Meio Ambiente de Cascavel. O acordo foi firmado e homologado pelo Ministério Público.
Além do processo Criminal, tramita na Vara Cível a guarda do outro cão, da mesma raça, que atende pelo nome de Bento. O processo foi aberto por uma ONG.
Sobre o caso
A situação ocorreu no prédio em que o profissional mora. Na ocasião, vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem barulhos, e a cachorrinha chorando.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o médico tenta reanimar o animal dentro do elevador, com a cadela desfalecida em seu colo. Ele faz vários movimentos no peito dela e, na sequência, segue em direção a garagem para pegar o carro e levá-la a uma clínica veterinária.
O laudo da clínica veterinária que realizou a necropsia de Capitu, como era chamada a cadela, apontou que ela foi agredida antes de morrer. O documento aponta também que, ao abrir o crânio da cachorrinha, foram constatadas áreas hemorrágicas por traumatismo.
O médico foi preso em flagrante por maus-tratos animal, sem direito de fiança. Dois dias depois a justiça concedeu a liberdade ao tutor.