Júri de suspeito de ajudar ex-esposa a matar filha há 17 anos é adiado no PR
Defesa do réu não comparece à sessão e julgamento é remarcado para junho, em Campina Grande do Sul
O julgamento do suspeito de ajudar a ex-esposa a matar sua enteada, há 17 anos, em Campina Grande do Sul, foi adiado pela segunda vez. Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), o adiamento agora foi motivado pelo não comparecimento da defesa do réu ao Tribunal do Júri. Anteriormente, o julgamento foi adiado, no dia 15 de maio, após a defesa apresentar um atestado médico para justificar a ausência do réu.
De acordo com o MPPR, a sessão do júri marcada para esta quinta-feira (23) foi adiada após um pedido da defesa de Everson Luís Cilian, suspeito de ser o coautor do assassinato de Andréa Rosa de Lorena, que era sua enteada.
A alegação dos advogados que representam o réu é que não havia tempo hábil para a realização da sessão. Por isso, os defensores não compareceram ao tribunal. Agora o julgamento foi remarcado para o dia 5 de junho.
Réu é suspeito de ter colaborado para a morte da enteada
A vítima foi morta em 12 de fevereiro de 2007, em Quatro Barras, também na Região Metropolitana de Curitiba, deixando dois filhos, um menino e uma menina, de 5 anos e 9 meses na época. O crime teria sido praticado pelos dois denunciados justamente porque a avó, Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, queria a guarda do neto, que disputava com a filha em um processo judicial.
Segundo a denúncia do MPPR, os acusados mataram a mulher na casa dela, após um almoço familiar. Ela foi enforcada com um fio elétrico e teve o corpo colocado embaixo de uma cama: o cadáver foi descoberto dois dias depois.
O Ministério Público sustenta que o homicídio teve três qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e meio que impossibilitou a defesa da vítima. O caso será julgado em Campina Grande do Sul pois o Município de Quatro Barras, na época do crime, integrava a comarca.
Suspeita de matar a filha foi presa após passar 17 anos foragida
Pouco antes da data inicialmente marcada para o julgamento de Everson, sua ex-esposa foi presa. Tânia estava foragida desde a época do crime, há 17 anos, mas foi encontrada pela Polícia Militar em Marilândia do Sul, no norte do Paraná, no dia 11 de maio. Ela foi levada para o presídio da cidade de Apucarana, também no norte do estado, e aguarda agora que o seu julgamento seja marcado.
Como os denunciados passaram muitos anos foragidos, o processo ficou suspenso, conforme determina o Código de Processo Penal (artigo 366). Desde a época do crime, o MPPR solicitou a prisão preventiva do casal. Segundo o MPPR, houve o desmembramento das ações penais contra Tânia e Everson. Por isso, cada um dos réus responde a uma ação específica, portanto serão julgados em momentos diferentes.
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