Júri Ana Campestrini: réus são condenados a 25 e 30 anos de prisão
Wagner Cardeal Oganauskas e Marcos Antônio Ramon, acusados de assassinar a ex-mulher de Wagner, Ana Paula Campestrini, foram condenados à prisão pelo assassinato. O júri encerrou por volta das 22h15 desta sexta-feira (24), em Curitiba. Nenhum dos dois réus quis permanecer no Tribunal do Júri para a leitura da sentença, o que é direito deles.
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Wagner foi condenado por homicídio qualificado e pegou 25 anos de prisão em regime inicialmente fechado, acusado de ser o mandante do crime. Marcos pegou pelo homicídio 28 anos, 10 meses e 15 dias de prisão em regime inicialmente fechado, como executor direto do assassinato.
Ainda pelo crime de fraude processual, Marcos foi condenado a 1 ano, 1 mês e 2 dias de detenção em regime semiaberto, além de multa de 124 dias multa. Assim, a soma da pena de Marcos ficou em 29 anos, 11 meses e 17 dias de prisão. Ambos foram condenados por todas as qualificadoras apresentadas na denúncia.
CNH e poder familiar
O juiz Thiago Flores Carvalho manteve a prisão preventiva de ambos e determinou o cumprimento imediato da pena. Os dois também deverão ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada, já que se utilizaram de veículos para cometer o assassinato de Ana Paula.
Wagner, em específico, ainda foi declarado pelo juiz incapaz de exercer o poder familiar, visto que o crime praticado foi contra a mãe dos filhos que o casal tem em comum. A incapacidade em administrar a família se estende aos dois filhos menores de idade do casal. A mais velha, de 19 anos, que inclusive prestou depoimento durante o júri, não se inclui na determinação.
O que dizem as defesas
Jeffrey Chiquini, assistente de acusação, que atuou em favor da família de Ana Paula. entendeu que o resultado foi uma vitória de toda a sociedade paranaense. “Provas foram apresentadas e sentença foi dada com base nas provas”, disse ele.
Jeffrey ainda disse que a mudança de discurso de Marcos durante o júri – afirmando que matou ana Paula para prejudicar Wagner e para conseguir um ascenção financeira e profissional – não foi surpresa. “Os laudos dos celulares dos dois (que tinham as conversas planejando o crime) saíram só depois que eles prestaram depoimento na delegacia. Por conta disso, tiveram que mudar a estratégia agora no júri. Não foi surpresa então Marcos afirmar que planejou e executou sozinho o assassinato”, disse o advogado
Já as defesas dos réus afirmaram que discordam da sentença e vão recorrer da decisão do júri. Wagner foi representado pela advogada Karoline Crepaldi. E Marcos foi defendido pelo advogado Vicente Bonfim.