Julgamento de acusado de matar youtuber Isabelly tem data marcada
Após dois adiamentos, Tribunal do Júri julgará réu Éverton Vargas no início de setembro
A juíza de Pontal do Paraná, Cristiane Dias Bonfim Godinho, remarcou para o dia 3 de setembro deste ano o julgamento de Éverton Vargas, acusado de assassinar a jovem youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos.
A nova data para o julgamento pelo Tribunal do Júri pode por fim a uma longa espera dos familiares da vítima. Isabelly foi assassinada a tiros após uma discussão de trânsito em fevereiro de 2018. A jovem, que tinha 14 anos, foi baleada na cabeça, dentro do carro em que estava, na BR-407, em Pontal do Paraná. Ela foi socorrida e internada no Hospital Regional de Paranaguá, mas morreu em virtude dos graves ferimentos.
O crime ocorreu quando a jovem youtuber voltava de de uma gravação em uma casa de shows no Balneário Shangri-lá. Segundo a defesa dos réus, os irmãos Cleverson e Éverton Vargas, os dois reagiram a uma manobra brusca do carro em que a youtuber Isabelly estava, que consideraram uma ameaça à integridade deles.
Irmãos respondem por crimes diferentes
Após as investigações e a conclusão do inquérito policial, os dois irmãos foram acusados por crimes diferentes. Cleverson, que dirigia o carro em que eles estavam, responde apenas por embriaguez ao volante.
Éverton, que confessou ser o autor do tiro que matou a jovem, é réu por homicídio qualificado, por motivo torpe, e será julgado pelo Tribunal do Júri. O réu, que foi preso preventivamente após o crime, ganhou o direito de responder em liberdade por ter bom comportamento.
Caso youtuber Isabelly: júri foi adiado em duas ocasiões
Marcado para acontecer mais de seis anos e meio após o caso, o julgamento de Éverton foi adiado duas vezes. Inicialmente previsto para ocorrer em março de 2022, o júri foi adiado devido a uma falha processual, que não incluiu a reconstituição do caso no processo.
Já o segundo adiamento, em outubro de 2022, atendeu a um pedido da defesa do réu, que alegou que não havia sete jurados isentos para a realização do júri. Na ocasião a defesa também solicitou que o julgamento fosse transferido da Comarca de Pontal do Paraná, mas esse pedido não foi aceito.
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