Juíza eleitoral que atacou STF e xingou ministra é afastada pelo CNJ
A Juíza Eleitoral, Regiane Tonet, que atua em Guaraniaçu, no oeste do Paraná, foi afastada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) das funções magistradas na Justiça Eleitoral. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (10), após a juíza ser alvo de reclamações de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) devido a postagens realizadas nas redes sociais.
De acordo com a acusação, Regiane publicou nas redes sociais, entre 2017 e 2019, mensagens com teor político e ofensivo. A denúncia apresentada pela legenda em dezembro de 2021, aponta que a juíza fez pedido de voto contra o PT em uma das postagens. Além disso, indica que em outra mensagem a magistrada afirma que o Superior Tribunal Eleitoral (STF) se acovardou, compartilhando uma matéria em que chama Cármen Lúcia de ‘incapaz de dirigir uma reunião de condomínio, gagá e confusa’.
O afastamento foi determinado dentro do julgamento que culminou com a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), contra a magistrada. A conselheira Maria Thereza de Assis Moura, afirmou que as postagens da juíza beiram à política-partidária, o que é inadequado para magistrados que atuam na esfera eleitoral. A decisão foi tomada por unanimidade de votos.
No pronunciamento do resultado que oficializou a abertura do PAD e o afastamento da juíza paranaense, o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux, declarou que como membro do poder judiciário, a magistrada deveria transmitir confiança à sociedade. O CNJ determinou também que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nomeie um substituto ou substituta para a jurisdição para a zona eleitoral de Guaraniaçu.