Integrante de 'tribunal do crime' é condenado por homicídio e tortura no litoral
O integrante de uma facção criminosa de Paranaguá, no Litoral do Paraná, foi condenado a 21 anos, 4 meses e 22 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de tortura, homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. Os crimes aconteceram em 2018 em um “tribunal do crime”, em que os membros da facção organizavam “julgamentos” com penas diversas, inclusive sentenças de morte.
O réu confessou ser integrante de organização criminosa. Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), o sentenciado e outros nove indivíduos sequestraram, torturaram, mantiveram em cativeiro e mataram a vítima entre os dias 6 e 7 de novembro de 2018. O corpo foi encontrado boiando em rio da cidade, no dia 8 de novembro, decapitado e com sinais de golpes de faca.
Após o caso, uma série de outros homicídios relacionados ao mesmo grupo criminoso ocorreram na cidade. O promotor de justiça André Luiz de Araújo, que atuou na caso, explica que o grupo se reunia para julgar, sentenciar e executar indivíduos, sendo que alguns também pertencial a facções.
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“Todos esses crimes foram praticados com extrema crueldade, na maioria das vezes com a decapitação e retirada de órgãos dos cadáveres, como por exemplo o coração”,
destaca o promotor.
Outro integrante foi condenado a mais de 10 anos de prisão
O júri teve início na manhã de segunda-feira (22) e seguiu até a madrugada de terça-feira (22). No mesmo julgamento, um segundo denunciado, que teve participação nos fatos, foi sentenciado a pouco mais de 10 anos de prisão, em regime semiaberto. Os demais envolvidos no crime ainda devem ser submetidos à Justiça.