Desembargador acusado de manter mulher em situação de escravidão recebe R$ 178 mil
Mesmo investigado por manter uma mulher surda em situação análoga à escravidão por mais de 35 anos, o desembargador Jorge Luiz de Borba segue recebendo normalmente seus salários. Ele é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e também alvo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde o mês de junho.
O desembargador segue no cargo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) e recebeu R$ 178.941,20 em rendimentos brutos desde que o caso foi revelado.
A mulher de 49 anos era responsável por fazer tarefas domésticas, vivia em um quarto nos fundos da residência, não recebia salário e não aprendeu a linguagem de libras. Questionado, o desembargador disse entender que era um “ato de amor” ter recebido ela em casa.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do desembargador, que respondeu que os procedimentos são sigilosos e que, por ora, não comentará o caso.