Delegado pede nova prisão de motorista suspeito de causar amputação da perna de motoboy

por Caroline Maltaca
com informações de Daniel Santos, da RICtv, e supervisão de Rodrigo Sigmura
Publicado em 15 fev 2022, às 16h18.

O delegado Haroldo Davison contestou a liberdade de William José Alves, de 31 anos, que pagou uma fiança de R$ 2 mil por ser suspeito de causar a amputação da perna de um motoboy em um acidente de trânsito em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, no sábado (12). Em entrevista à RICtv, o delegado afirmou que, ao dirigir embriagado, o homem assumiu os riscos de seus atos, portanto, “não podia se encontrar em liberdade”.

“Se ele estava completamente embriagado, como é que a gente pode dizer que ele não ia prever aquela falta da capacidade psicomotora no momento?”,

indagou, ao Balanço Geral Curitiba.

De acordo com as informações apuradas pela equipe do BG, o motorista foi pego em flagrante pela Guarda Municipal a 4 km de onde ocorreu o acidente. Conforme análises preliminares da perícia, o condutor havia ingerido ao menos seis latas de cerveja.

Fiança

Segundo a Polícia Civil, William voltava de uma festa com a esposa e ia para sua casa, quando ultrapassou o sinal amarelo e causou o acidente na esquina das ruas Xavier da Silva com a Gonçalves Dias, por volta das 23h. A defesa do suspeito alega que, diante da gravidade do caso, o condutor se sentiu ameaçado e, por isso, seguiu com o carro, até que foi parado pelos guardas. William afirmou em depoimento ter ficado em choque.

Após o acidente, o condutor participou de uma audiência de custódia que, como explica o professor de Direito Penal Ygor Nasser Salmen, é quando um envolvido tem pela primeira vez contato com o juiz responsável pelo seu caso. Na sessão, a juíza aceitou que ele pagasse fiança e respondesse em liberdade porque, conforme a decisão, se trata de um acidente culposo, ou seja, quando não há a intenção de causá-lo.

A versão é contestada pelo delegado do caso. Segundo Davison, a partir do depoimento das testemunhas, é possível dizer que o caso não se trata de lesão corporal mas, sim, de um crime de trânsito doloso.

Assista a reportagem:

Registrou um flagrante? Mande pro WhatsApp do RIC Mais clicando aqui e faça o portal com a gente!