Defesa de Moro rebate acusação em sessão e aponta "esquizofrenia" de advogados

por Redação RIC.com.br
Com informações de Daniela Borsuk
Publicado em 1 abr 2024, às 15h41.
POST 5 DE 8

A defesa do senador Sergio Moro (União Brasil) rebateu os advogados dos partidos que moveram ação contra o ex-juiz, na tarde desta segunda-feira (1º), primeiro dia de julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ao se referir às declarações dos advogados da Federação Brasil Esperança (FE Brasil) e do Partido Liberal (PL), ele disse que “há esquizofrenia absoluta” e alega que a cada vez os valores citados por eles, referentes a gastos de pré-campanha, muda.

O advogado Gustavo Guedes reclama que, enquanto o advogado do PL fala em R$ 5,5 milhões, o advogado da FE Brasil cita R$ 4 milhões e petição fala em R$ 21 milhões. “Há uma esquizofrenia absoluta do dia um dessa ação até hoje, que deve ser um dos dias finais. Isso porque aqui da Tribuna foram trazidos valores diferentes de abuso daqueles que estavam nas petições iniciais, daqueles que foram ditos nas alegações finais, daqueles que foram ditos em entrevistas pelos meus colegas nos últimos dias para veículos de comunicação”, afirma.

A defesa de Moro, então, questionou qual teria sido o real valor do abuso econômico do qual Moro é acusado. “Então, desde o começo a dificuldade é saber qual é o valor do abuso? De quanto vocês estão dizendo que o senador Moro se beneficiou ilegalmente para só assim ser eleito senador do Paraná? E até hoje, da parte deles, não se tem uma resposta”, afirma o advogado que faz a defesa de Moro.

Guedes afirmou ainda que a pré-campanha à presidência não influenciou a eleição no Paraná, pois ele já era conhecido no estado como juiz da Operação Lava Jato. O advogado também relembrou as mobilizações a favor de Moro durante este período e argumentou que as viagens ao Nordeste não influenciaram os votos no Paraná.

Investigação contra Sergio Moro

O julgamento de Moro é motivado por uma ação movida pela FE Brasil e PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles acusam o senador dos crimes de caixa 2, abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação e de assinatura de contratos irregulares. Os partidos alegam que Moro gastou mais de R$ 2 milhões na pré-campanha para presidente e que isso o favoreceu na campanha para senador no Paraná, tendo mais visibilidade que outros candidatos. O ex-juiz pode ter o mandato cassado e ficar inelegível por oito anos, caso as acusações sejam provadas.

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