Caso Muggiati: Pai de réu diz que recebeu proposta para ter falsa perícia
O segundo dia do júri que analisa a acusação de feminicídio da fisioculturista Renata Muggiati, começou ouvindo o pai do réu Raphael Suss Marques, Jucenir Ferreira Marques, testemunha chamada pela defesa do acusado. Jucenir, que também é médico, falou sobre a carreira de Raphael, contou que eles trabalhavam na mesma clínica, mas que não se viam muito.
Ainda, Jucenir afirmou que foi procurado por alguém que lhe ofereceu uma falsa perícia da exumação do corpo de Renata, por R$ 100 mil. No entanto, procurou o advogado Edson Adbala, que o orientou a denunciar a situação para o Gaeco, que terminou por prender o denunciado. A testemunha negou conhecer o médico legista Daniel Colman, investigado pela suspeita de falsa perícia do corpo de Renata. No entanto, Jucenir foi aluno de Francisco Moraes. Foi na casa de Moraes, que era ex-funcionário do IML, que o laudo assinado por Colman foi emitido.
O interrogatório de Jucenir foi semelhante ao de Silvia, mãe de Raphael, afirmando que não teve muito contato com Renata nos 11 meses em que o casal ficou junto. O pai afirmou ainda que acredita no que o filho o contou, que a namorada cometeu suicídio.
A testemunha contou que Raphael era médico de Renata, receitava medicamentos antidepressivos e “cuidava dela”. A acusação expôs fotos de Renata agredida, enviadas a um advogado, e o pai do réu alegou não ter visto as imagens antes.
Jucenir foi questionado pela juíza se ele ou o filho tinham inimigos na polícia. Ele respondeu que não, mas que Tina Gabriel, irmã da vítima, tinha proximidade com o Governo do Estado, com o já falecido ex-governador José Richa, que morreu em 2003.