Caso Magó: Justiça ouve novas testemunhas e possível nova vítima do réu
A Justiça ouviu, nesta segunda-feira (6), quatro novas testemunhas do caso da morte da bailarina Maria da Glória Poltronieri Borges, a Magó. Uma das testemunhas ouvidas alega ter sido estuprada pelo réu, Flávio Campana, em 2006, quando tinha apenas seis anos.
A audiência para ouvir as testemunhas foi realizada no Fórum da Comarca de Mandaguari, noroeste do Paraná, onde a morte aconteceu. Três testemunhas eram de defesa e uma era da acusação.
A testemunha de acusação ouvida nesta segunda-feira alegou, em juízo, ter sido estuprada pelo réu há 15 anos atrás. Atualmente com 21 anos, a testemunha afirmou que tinha seis anos de idade na época do crime.
Flávio Campana, hoje com 41 anos, já foi condenado por estupro na década de 90. À época, o crime foi cometido no município de Rio Bom, na mesma região do estado, em 1998.
O réu também foi interrogado na audiência, mas permaneceu em silêncio. As audiências são procedimentos fundamentais para decidir se Flávio Campana irá ou não a júri popular.
O caso
Magó, de 25 anos, foi encontrada morta no dia 26 de janeiro de 2020 em uma cachoeira em Mandaguari. Ela foi encontrada com sinais de estupro e foi morta por asfixia, segundo a perícia.
Professora de balé, a jovem era muito conhecida na cidade e sua morte gerou grande comoção, inclusive a nível nacional. O principal suspeito do crime, Flávio Campana, está preso.
Exames de DNA comprovaram que o material genético encontrado no corpo da bailarina era de Flávio. A defesa do suspeito alega que os dois tiveram uma relação sexual consensual e nega os crimes de estupro, feminicídio e ocultação de cadáver.
Testemunha-chave
Em agosto, a dona da chácara onde o crime aconteceu morreu. Lindalva Leonor dos Santos tinha 63 anos e estava internada em um hospital de Maringá, onde fazia um tratamento de saúde.
Ela era peça-chave para as audiências de depoimento do processo. Lindalva teria dito aos bombeiros que realizaram as primeiras buscas à jovem que Magó teria saído da propriedade, o que depois foi comprovado que era uma informação falsa.