Caso Isabelly: júri é suspenso após promotor chamar Dalledone de 'mentiroso'

O julgamento de Everton Vargas foi suspenso após o promotor chamar o advogado da defesa de mentiroso durante o depoimento.

Publicado em 5 set 2024, às 13h13.
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O julgamento de Everton Vargas, acusado de matar a youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos, foi interrompido por 15 minutos nesta quinta-feira (5), após o promotor Rodrigo Sanches Martins chamar o advogado do réu, Cláudio Dalledone, de mentiroso. 

Caso Isabelly: júri é suspenso após promotor chamar Dalledone de mentiroso
Julgamento acontece no Fórum de Pinhais (Foto: Divulgação)

A confusão aconteceu durante o depoimento do assistente técnico Leocadio Casanova. De acordo com a defesa de Everton, “ a defesa questionava, com imagens aéreas do local do crime, sobre a ultrapassagem pela direita na rodovia. Neste momento, o promotor chamou Dalledone de mentiroso e aconteceu uma confusão em plenário”.

A suspensão durou poucos minutos e a sessão do terceiro dia do julgamento foi retomada.

Relembre a morte da youtuber Isabelly

Isabelly foi assassinada a tiros após uma discussão de trânsito em fevereiro de 2018. A jovem, que tinha 14 anos, foi baleada na cabeça, dentro do carro em que estava, na BR-407, em Pontal do Paraná. Ela foi socorrida e internada no Hospital Regional de Paranaguá, mas morreu em virtude dos graves ferimentos.

O crime ocorreu quando Isabelly voltava de uma gravação em uma casa de shows no Balneário Shangri-lá.

Julgamento já foi adiado em duas ocasiões

Marcado para acontecer mais de seis anos e meio após o caso, o julgamento de Everton foi adiado duas vezes. Inicialmente previsto para ocorrer em março de 2022, o júri foi adiado devido a uma falha processual, que não incluiu a reconstituição do caso no processo.

Já o segundo adiamento, em outubro de 2022, atendeu a um pedido da defesa do réu, que alegou que não havia sete jurados isentos para a realização do júri. Na ocasião, a defesa também solicitou que o julgamento fosse transferido da Comarca de Pontal do Paraná, mas esse pedido não foi aceito.

Entenda o júri

Ao todo, dez testemunhas darão o depoimento, cinco indicadas pela defesa e outras cinco pela acusação. O número foi determinado em acordo entre as duas partes, que anteriormente haviam relacionado 19 testemunhas.

Após esses dez depoimentos iniciais, a juíza Caroline Valiati da Rosa ouvirá o acusado. Em seguida haverá o debate entre acusação e defesa. E então o júri, que é formado por sete homens, decidirá pela condenação ou absolvição do réu.