Caso Eduarda Shigematsu: júri é marcado para o dia 26 de maio
O júri do “caso Eduarda Shigematsu” foi marcado para o dia 26 de maio. Em 2019, quando tinha 11 anos, a menina desapareceu, em Rolândia, no norte do Paraná. O corpo dela só foi encontrado quatro dias depois, no quintal da casa do pai, Ricardo Seide.
A data do júri, no entanto, ainda pode ser adiada. Os advogados do pai da menina entraram com um pedido de reconstituição do crime, que está sendo analisado pela Justiça. Nesta quinta-feira (28), deve acontecer o sorteio dos jurados que vão participar do júri.
Para a avó, Terezinha de Jesus Guinaia, que está respondendo em liberdade e será julgada pelos crimes de ocultação de cadáver e falsidade ideológica, a pena pode chegar a oito anos de cadeia. Já o pai da menina pode pegar até 30 anos de prisão.
Relembre o caso
Eduarda Shigematsu, de apenas 11 anos, desapareceu em Rolândia, no dia 24 de abril de 2019. Quatro dias depois, o seu corpo foi encontrado enterrado no quintal de um imóvel do pai, Ricardo Seide. A criança estava com as mãos e os pés amarrados e a cabeça envolta em um saco plástico. Câmeras flagraram o pai permanecendo aproximadamente 20 minutos no local onde o corpo foi encontrado no dia do desaparecimento da criança.
Seidi foi preso no mesmo dia que o corpo foi encontrado e confessou que ocultou o corpo da filha, mas negou que tenha assassinado a criança. Segundo sua versão, o desespero de encontrar a filha enforcada dentro de seu próprio quarto fez com que tomasse a decisão de ocultar o corpo.
No dia 29 de abril, os resultados de exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) apontaram que Eduarda morreu por esganadura. Já no dia 30 de abril, a avó de Eduarda Shigematsu foi presa após prestar depoimento. Tanto Terezinha, como o filho Ricardo Seidi, foram acusados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), no dia 25 de junho, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
No dia 27 de junho, a avó foi solta porque a Justiça declarou que como o inquérito da Polícia Civil já havia sido concluído, a ré não poderia atrapalhar as investigações, podendo responder em liberdade.
Em nota, a defesa da avó de Eduarda disse que “reitera a inocência da avó Terezinha, haja vista não existirem provas da sua participação sendo as alegações somente conjecturas estéreis de qualquer comprovação. Por este motivo acreditamos firmemente na sua absolvição”.
A equipe do RIC Mais tenta contato com o advogado de defesa do pai da menina.
Atualização: O júri foi adiado e ainda não há uma nova data definida.