Caso drive-thru: entenda a motivação para a prisão de Adinei Rotta
A reportagem exclusiva produzida pela equipe de jornalismo do Domingo Espetacular da Record TV, reproduzida também nos Programas Balanço Geral Oeste e Cidade Alerta Oeste, da RICtv repercutiu em todo o Brasil e refletiu no judiciário. O caso em questão é o de Adinei Rotta, acusado da morte de Gabriel Baiça, na fila de um Drive-thru, na cidade de Cascavel, no dia 22 de maio.
Adinei teria descumprido medidas cautelares da prisão em regime semiaberto. Ele foi preso na fazenda onde mora, em Céu Azul, município a cerca de 45 quilômetros de Cascavel, no Oeste do Estado. Adinei chegou algemado na delegacia e não quis comentar o caso. De acordo com o delegado, ele resistiu à prisão.
“No local ele apresentou certa resistência, dizendo que não viria preso.”
Diego Valim – Delegado
Rotta estava cumprindo prisão domiciliar desde o dia 13 de junho, com uso de tornozeleira eletrônica, depois de uma reversão do caso no tribunal de justiça de Curitiba. Mas de acordo com o delegado, ele descumpriu medidas cautelares e por isso foi solicitada a prisão preventiva.
“ O que chegou à Delegacia de Homicídios é que ele teria descumprido algumas dessas medidas, então foi representado novamente, com por um mandado em razão desse descumprimento.”
Diego Valim – Delegado
Na decisão do Juiz Marcelo Carneval ele informou, que por meio das imagens da reportagem da Record TV ficou nítido o descumprimento da medida cautelar. Adinei portava um canivete durante a entrevista, semelhante ao usado no momento do crime.
“Pelas imagens, está nítido que Adinei descumpriu a medida cautelar de “proibição de portar armas de qualquer espécie”, imposta pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná em sede de habeas corpus.”
Trecho extraído da decisão do Juiz Marcelo Carneval
Além disto, o magistrado afirmou que o réu mostrou afronta às condições estabelecidas pelo Poder Judiciário, mostrando que estava a vontade de agir contra a lei
“Adinei Anélio Rotta descumpriu uma das condições estabelecidas, além de demonstrar descaso e afronta à determinação do Poder Judiciário, indicando a vontade de permanecer agindo de forma contrária à lei.”
Trecho extraído da decisão do Juiz Marcelo Carneval.
Reportagem RecordTV
Há poucos dias, a RecordTV/RICtv mostrou com exclusividade uma entrevista com o Adinei. Ele disse que não teria começado a briga.
“ Eu não comecei a briga. Terminou de uma forma inesperada e infeliz. Não tive intenção nenhuma.”
Adinei Rotta – acusado
O empresário tem registro de 42 armas. Ele era classificado como atirador, caçador e colecionador. Após a morte de Gabriel, o Ministério Público do Paraná solicitou a cassação do registro e do porte. Ao ser questionado sobre o canivete utilizado no dia do crime, Adinei afirmou que usa para trabalho e não como arma de defesa.
- Veja mais sobre o caso:
“ Virou um acessório do dia a dia.”
Adinei Rotta – acusado
Adinei possui diversas passagens pela polícia, entre elas, uma por agredir a própria mãe e outra registro por agressão seguida de morte há sete anos no município de Vera Cruz do Oeste. Neste crime, em 2016, ele foi absolvido por legítima defesa.