Caso Ana Campestrini: Ex-tesoureira de clube e delegada são primeiras pessoas ouvidas em júri
Na manhã desta quinta-feira (23), duas pessoas foram ouvidas no julgamento de Marcos Antonio Ramon e Wagner Cardeal Oganauskas, acusados de envolvimento na morte de Ana Paula Campestrini Oganauskas. A ex-tesoureira do clube Sociedade Morgenau foi a primeira testemunha a falar, trazida pela acusação, e pediu para dar seu depoimento sem a presença dos réus. A seguir, a delegada Tathiana Guzella, responsável pelas investigações, foi ouvida.
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O júri popular teve início por volta das 9h, no Centro Judiciário de Curitiba, na capital paranaense. Os jurados foram sorteados e o júri foi composto por cinco mulheres e dois homens. Ao todo, 14 testemunhas devem ser ouvidas no processo, de acusação e de defesa.
Militantes, parentes e amigos fizeram uma manifestação em frente ao local, com camisetas pedindo por justiça. No entanto, o juiz Thiago Flôres Carvalho, da Vara Privativa do 1º Tribunal do Júri da Comarca de Curitiba, proibiu a entrada na sessão com as camisetas com a foto de Ana Paula, para não influenciar a decisão dos jurados. Acompanhe a sessão ao vivo clicando aqui.
Testemunhas
A ex-tesoureira foi questionada sobre uma transação bancária suspeita, no valor de R$ 38 mil, que saiu da conta do escritório do Wagner, para a conta do clube e depois para a conta de uma prima do Marcos. Essa quantia seria o possível pagamento que Marcos Ramon teria recebido para cometer o crime.
Já a delegada Tathiana deu detalhes sobre as investigações conduzidas pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Acusações do Ministério Público do Paraná
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Wagner, apontado como mandante do crime, por homicídio com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e mediante paga – segundo as investigações, Wagner teria pago R$ 38 mil para que o amigo, Marcos, matasse a vítima. Segundo a denúncia, Wagner não aceitava o novo relacionamento da ex-esposa, com uma mulher.
Já Marcos, apontado como atirador, é acusado pelos mesmos crimes de Wagner e também por fraude processual. Ainda, um terceiro réu, Felipe Rodrigues Wada, é acusado de fraude processual, mas está solto. Segundo as investigações, ele teria apagado mensagens dos celulares de Wagner e Marcos. No entanto, Felipe não será julgado agora e aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).