Orçamento apertado? Veja 20 dicas para não se endividar, entrar no azul e ficar nele
Falta dinheiro e sobra boleto para pagar. Essa é a realidade de muitas famílias brasileiras. Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) aponta que o salário-mínimo ideal para cobrir todas as despesas familiares, sem endividamento, gira em torno de R$ 6 mil.
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No Brasil, o novo valor (na casa de R$ 1,3 mil) obriga os brasileiros a aprimorarem o planejamento financeiro, equilibrando a renda e os gastos mensais. “A saída, definitivamente, não é o uso de cartão de crédito rotativo, muito menos o limite do cheque especial”, alerta Sérgio Czajkowski Júnior, professor da UniCuritiba, doutor em Administração, especialista em Marketing e consultor em vendas.
Mas, o que fazer para não se endividar ao longo do ano? Sérgio dá algumas dicas:
Como não se embolar nas dívidas e juros
- Usar o décimo terceiro e/ou outra bonificação recebida no final no ano para quitar à vista a maior quantidade possível de dívidas
- Se não for possível, revise o parcelamento das dívidas em sintonia com uma renegociação dos juros
- Evite ao máximo o parcelamento da fatura do cartão de crédito e o uso do cheque especial, pois as taxas de juros são altas
- Pague à vista as despesas do início do ano, como material escolar, IPTU, IPVA e outros impostos
- Aproveite os descontos no pagamento a vista dos impostos de começo de ano
Passos para sair do vermelho
- Anotar todas as despesas mensais e os rendimentos. Priorizar o pagamento das contas fixas é fundamental.
- Evitar compras por impulso que possam comprometer os recursos destinados às necessidades básicas como alimentação, luz, água, gás e educação
- Rever os hábitos de consumo, cortar o supérfluo, repensar a necessidade de cada coisa dentro de casa
- Manter-se fiel ao planejamento e não exceder o limite pré-determinado para cada despesa, sejam as necessidades básicas, lazer, compras ou investimentos
Alguns aplicativos ajudam na educação financeira e facilitam o controle das finanças domésticas. Entre eles estão o Mobills, Orçamento Fácil, Organizze, Minhas Economias, Money Lover, Monefy, CoinKeeper, Toshl Finance e Wisecash. As planilhas de excel e outras ferramentas de gestão e organização de tarefas, como Trello, Google Keep, Evernote, Minhas Metas etc., também são aliadas. Até mesmo um caderno ou agenda são bem-vindos. O importante é manter as despesas à vista.
Estratégias para manter as finanças em dia
- Analise e reconheça a sua realidade financeira. É importante saber exatamente como andam as finanças, qual sua renda e quais as despesas da família.
- Anote diariamente todas as suas despesas e gastos, por menores que sejam. Muita gente chega ao fim do dia sem se dar conta de onde ficou o dinheiro.
- Separe as despesas por categorias, considerando as necessidades básicas, gastos supérfluos, dívidas em atraso e a vencer etc. Assim fica mais fácil fazer cortes no orçamento.
- Planeje também os investimentos futuros, economize e só então destine parte da renda para as aquisições maiores.
- Sempre que possível, tenha um fundo de reserva, assim, em caso de emergências ou problemas, você terá recursos para arcar com as despesas essenciais sem se endividar.
- Reveja seu comportamento e os hábitos de consumo. Fuja das compras emocionais e por impulso. Combine os novos procedimentos com os demais membros do núcleo familiar.
- Toda a família deve estar envolvida no orçamento e planejamento financeiro.
- Pesquise preços e condições de pagamento antes de fazer uma compra. A diferença entre uma loja e outra pode surpreender.
- O preço dos produtos no e-commerce costuma ser menor do que nas lojas físicas. Se não tiver pressa em receber a mercadoria, utilize a internet como ferramenta de compra.
- Lembre-se: o limite do cartão de crédito e do cheque especial não é dinheiro seu. Em caso de emergência, ele até pode ajudar, mas é fundamental avaliar se os juros valem a pena.
- Assim que possível, cubra o cheque especial e pague o cartão de crédito sempre à vista.
- Tenha planos e metas claras. Antes de adquirir algo que não é prioridade ou de se endividar, seja realista. É preciso reconhecer sua realidade e fazer o planejamento financeiro de curto, médio e longo prazos adequados ao seu rendimento.