O documentário paranaense “Um filme para Dirceu”, de Ana Johann, levou o Candango no 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na categoria de Prêmio Especial do Júri.
Com Um Filme para Dirceu, a roteirista, dramaturga e documentarista do Paraná, Ana Johann, construiu um longa que ela define como “autoparticipativo”, em que o personagem documentado e a equipe de filmagem interagem, revelando a convivência ao longo dos quatro anos em que o filme foi produzido e filmado.
O documentário relata a história de drama, superação e do amor pela música vivido pelo gaiteiro Dirceu Cieslinski de São Bento do Sul (Santa Catarina), que aos 17 anos ficou paraplégico em função de uma infecção na coluna. Dirceu, como relata a diretora, sempre manteve o otimismo e o bom humor que estão retratados nos 80 minutos do documentário.
Ana Johann, que acompanhou a vida de Dirceu desde que o gaiteiro e ex-metalúrgico a procurou para saber como e quanto custaria uma produção cinematográfica sobre sua vida, acredita que o tom hilário e contagiante do personagem contagiou o público. “É um filme muito para cima, muito bem humorado. O Dirceu é um cara que vai para o hospital [continuar o tratamento] dando risada e fazendo piada da situação”, descreve.
Um Filme para Dirceu também foi selecionado para concorrer à Mostra Internacional de Documentário do México e para um outro festival que a diretora afirmou não pode revelar.