O Festival de Teatro de Curitiba chega a sua 22ª edição em 2013, consolidado como um dos principais eventos do calendário cultural brasileiro. Entre os dias 26 de março e 7 de abril, a capital paranaense se transformará num vibrante palco espalhado por todos os cantos da cidade, promovendo o encontro entre as artes cênicas e o entretenimento. Artistas dos diversos cantos do Brasil e de outros países terão, durante o evento, uma vitrine de repercussão nacional para seus espetáculos e criações.

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“Neste ano, a linha curatorial privilegiou a utilização de novas tecnologias a serviço das encenações, a presença da música como linha condutora de muitos trabalhos, a fusão do teatro com outras artes, como dança, cinema e circo, e, ainda, o trabalho de grupos que trazem uma identidade cultural”, afirma Leandro Knopfholz, diretor do Festival. A seleção criteriosa é feita pela curadoria do Festival, formada por Celso Curi, Lúcia Camargo e Thania Brandão, especialistas da área que percorrem o país em busca de espetáculos dos mais variados gêneros. O foco do trio de curadores é trazer para a mostra um recorte significativo da produção nacional, dando destaque a textos e atuações marcantes, valorizando as companhias estáveis e a dramaturgia brasileira contemporânea, bem como propostas inovadoras e a fusão de linguagens.

Desde sua primeira edição, em 1992, o Festival de Curitiba vem crescendo a cada ano, reunindo centenas de produções que refletem o vibrante cenário das artes cênicas no Brasil. Neste ano, serão 32 espetáculos na Mostra 2013 e 376 no Fringe (mostra sem curadoria), aos quais ainda se somam as programações dos eventos Risorama, Mish Mash, Guritiba e Gastronomix. Na Mostra, serão nove estreias nacionais, além da apresentação especial de “Cine Monstro Versão 1.0”, processo criativo encabeçado por Enrique Diaz do espetáculo ainda inédito, três montagens internacionais e o show de estreia da Banda Panamericana, projeto que reúne ex-integrantes de grandes bandas brasileiras: Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), Charles Gavin (Titãs), Dé Palmeira (Barão Vermelho) e Toni Platão (Hojerizah).

O Fringe está presente no Festival de Curitiba desde sua 7ª edição, em 1998. É um espaço aberto, democrático, no qual os participantes têm a oportunidade de expor seus trabalhos ao público, à crítica especializada e a “olheiros” que sempre fazem questão de acompanhar o evento.  É também no Fringe que costumam surgir as grandes surpresas e algumas das produções mais originais do Festival, espetáculos que, graças à visibilidade alcançada no evento, muitas vezes abrem caminho para apresentações em outros teatros, mostras e festivais.

A venda de ingressos para o Festival de Curitiba teve início no dia 5 de fevereiro e estão disponíveis pela internet (www.festivaldecuritiba.com.br) e também nas bilheterias, localizadas em Curitiba nos Shoppings Mueller, ParkShoppingBarigui e Palladium.

Mostra Oficial

A Mostra, que começou em 1992, cumpre, principalmente, a função de projetar a diversidade da produção cênica nacional, mas também traz, todos os anos, algumas montagens internacionais, criando, assim, ainda mais campo para o diálogo entre artistas de todas as partes e proporcionando ao público a oportunidade de assistir ao que há de melhor nos palcos do Brasil e do mundo.

Destaques Música: Neste ano, a música é protagonista em vários espetáculos da Mostra – de ‘Gonzagão – A Lenda’ ao coreano ‘Pansori Brecht – Ukchuk-ga’, passando pela estreia ‘Parlapatões Revistam Angeli’ – ainda que não sejam musicais propriamente ditos. Novas tecnologias também ocupam lugar de destaque em montagens como ‘Homem Vertente’ – coprodução da Parnaxx com o grupo argentino Ojalá que abrirá o festival .

Destaque teatro autoral: Companhias estáveis de várias regiões do país, entre elas Armazém (RJ), Cia. Hiato (SP), Ateliê Voador (BA), Luna Lunera (MG) e Clowns de Shakespeare (RN) trazem espetáculos de assinatura autoral e, ao todo, serão nove estreias nacionais na Mostra, incluindo três espetáculos estrangeiros que vêm pela primeira vez ao Brasil – ‘In the Dust’, da britânica 2Faced Dance Company.

Coprodução Instituto Itaú Cultural e Festival de Curitiba: Três produções serão montadas especialmente para o festival: além de ‘Homem Vertente’, que é o espetáculo de abertura, ‘Parlapatões Revistam Angeli’ e ‘Cine Monstro Versão 1.0’, ambas possibilitadas graças à coprodução do Instituto Itaú Cultural e Festival de Curitiba.

The Pillowman e O Homem Travesseiro – duas versões: Outro destaque da Mostra é a proposta de duas montagens diferentes de uma mesma peça. O autor escolhido foi o britânico Martin McDonagh nas produções ‘The Pillowman’, com direção de Bruno Guida e Dagoberto Feliz (SP), e ‘O Homem Travesseiro’, dirigida por Bruce Gomlevsky (RJ), provocando o público a experimentar duas versões de um mesmo texto.

Mais sobre o Fringe

Fringe, que em inglês significa “franja” ou “margem”, é inspirado no maior festival de artes do mundo, o Festival Internacional de Edimburgo, na Escócia. Lá, o Fringe surgiu espontaneamente em 1947, quando companhias escocesas e inglesas que não estavam na programação do evento resolveram virar a mesa e criar seu próprio espaço. O Fringe deu certo lá e, também, na receita do Festival de Curitiba, que tem a mesma função: ser um espaço aberto a todos.

A participação no Fringe é livre, isto é, não há uma curadoria, e depende unicamente da disponibilidade de espaço na grade de programação dos teatros. As companhias vêm ao festival por iniciativa própria, em busca de público e crítica.

No Fringe, há, também, a possibilidade de grupos e companhias se reunirem para criar e apresentar mostras próprias, criando um invólucro que destaque trabalhos de linguagens ou linhas de pesquisa semelhantes. Neste ano, as mostras ‘Coletivo de Pequenos Conteúdos’, ‘Mostra Baiana’ (com curadoria de Wagner Moura), ‘Novos Repertórios’, ‘Mostra seu Nariz’ e ‘Mostra Teatro para Ver de Perto’ (composta por grupos mineiros e com curadoria do Grupo Galpão, de Belo Horizonte) seguem este propósito.

Outros eventos

O Festival também contará com outros eventos já consagrados em sua programação:

Risorama – Festival de humor com stand up comedy e personagens.

Mish Mash – Um grande show de variedades, com mágica, arte circense e outras surpresas.

De Repente – Espaço aberto para a arte do improviso, com destaques e revelações do gênero.

Guritiba – Programação para as crianças de todas as idades.

Gastronomix – A quermesse de alta gastronomia dos grandes chefs brasileiros.