Existem também festas em que pais e filhos vão para a cozinha e fazem uma receita simples e tradicional em parceria. “Em um dos modelos de festa, entregamos um kit na casa de todos os convidados, com uma lousa de mão, suquinho, bolo individual e velas. A ideia é facilitar as brincadeiras em conjunto e promover o momento do parabéns”, contou Taís.
O Brincalalá sofreu o impacto do fim das festas presenciais. Com uma agenda de aniversários cancelados, os recreadores começaram a estudar os melhores formatos para segurar uma festa online. “Nossos eventos presenciais duravam cerca de 3 horas. Mas, online, 50 minutos são suficientes para garantir a atenção das crianças. Na maioria das vezes, as festas são divididas em três partes: música, contação de histórias e oficina de massinha”, falou Samara Martins, criadora do Brincalalá. “Estamos estudando protocolos de higiene para festas presenciais, mas, provavelmente, será virtual até a vacina chegar”, completou.
Jaziely Vieira contratou uma festa online para o aniversário de 6 anos do Rafael. “Não conhecia. Foi surpreendente. As crianças adoraram e se envolveram o tempo inteiro”, contou. Taís Freitas, mãe de Milena, de 6 anos, também recomendou a experiência. “No começo, fiquei apreensiva. Mas foi algo que envolveu todas as famílias. Por conta da escola, as crianças já estão acostumadas com interações virtuais, então foi tudo muito natural”, disse.
A mãe da Lara, de 5 anos, Fabiana Albuquerque de Oliveira, lembrou que, além de manter a animação e a atenção das crianças, a figura do recreador é importante para controlar a festa. “Eles sabem a hora de ligar e desligar os microfones. Imagina o que é uma festa com crianças de 5 ou 6 anos tentando falar ao mesmo tempo”, ponderou. Para ela, também foi importante a festa durar apenas um pouco mais de uma hora. “Acho que mais tempo poderia estressar as crianças. A formato foi ideal”, completou.
Já no Prendas Minhas, a intenção é unir a experiência virtual com oficinas manuais. Parte das festas organizadas pela empresa é antecedida pela entrega de kits. “A gente já fez oficinas de pintura em roupa, criação de bolsas e pebolim”, disse Adriana Mores, criadora da empresa. “Promovemos também brincadeiras como uma em que as crianças imitam posições de ioga ou pintam o rosto de seus pais”, completou. Segundo Adriana, o Prendas Minhas produz a festa – entregando convites e contacta convidados.
Música
De olho no público infantil e adolescente, mas com foco na música, o Balada Animada leva um DJ para dentro da festas e happy hours. “Nós transmitimos direto do nosso estúdio para a sala de bate-papo do organizador da festa. A ideia é transmitir a sensação de um DJ em casa e transformar a sala em uma pista de dança. Além dos DJs, uma espécie de mestre de cerimônias conduz a festa com brincadeiras e danças”, disse Rodrigo Braga, idealizador do projeto.
Já para os adultos, uma das opções são as festas com shows de voz e violão. O músico Marcelo Freitas pulou das tradicionais lives para eventos mais personalizados – em que o contratante pode escolher o estilo musical ou cada música tocada. “Com a pandemia, minha renda zerou. Mas, um dia, uma pessoa falou que gostaria que eu aparecesse cantando parabéns na TV da casa dela. Daí, me veio a ideia”, contou Freitas.
Os shows são transmitidos ao vivo pelo YouTube e também podem contar, simultaneamente, com uma reunião pelo Zoom. “Em uma das versões, uma espécie de mestre de cerimônias conduz uma reunião no zoom enquanto o show acontece. É como se o show tivesse pista de dança e mesinhas para conversas”, falou.
Durante os shows, Freitas interage com o público, exibe fotos do aniversariante (ou homenageado) e mostra o bate-papo do Zoom na tela. “O ideal é que a pessoa assista ao show com o YouTube na TV e com o laptop no colo”, acrescentou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.