A população de Curitiba foi tomada pela emoção com as encenações da Paixão de Cristo que aconteceram em diversos bairros da cidade, nesta Sexta-Feira Santa. A maior e mais antiga atração da Semana Santa aconteceu no Bio Parque. O tradicional espetáculo “Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo”, do Grupo Lanteri, levou milhares de pessoas ao parque do Uberaba. O público que prestigia a encenação, todos os anos, na Pedreira Paulo Leminski, não se incomodou com a mudança de local e compareceu à apresentação. A estimativa da organização é que perto de 10 mil pessoas assistiram à encenação.

O espetáculo vinha sendo apresentado há 21 anos na Pedreira Paulo Leminski, que está em reformas. No novo espaço, a encenação manteve o mesmo brilho, com a utilização de muitos efeitos especiais de som e iluminação, e participação de mais de 1.200 mil atores e figurantes. Foi um momento de celebração também para o próprio Grupo Lanteri, que completou 35 anos de existência.

Na abertura do evento, Edson Martins, diretor de produção, destacou a importância do Grupo Lanteri.  “A nossa mensagem cristã está crescendo desde 1978 e o sonho de alguns jovens hoje é a realização para milhares de pessoas. Pelo Grupo já passaram cerca de 6 mil integrantes que deram a sua contribuição para o sucesso deste trabalho que se repete ao longo de décadas,” disse ele. O diretor comentou ainda que o espetáculo já foi visto por mais de 500 mil pessoas, ressaltando que a Paixão de Cristo é um dos trabalhos mais gratificantes dentre todos os que o Lanteri realiza. “Esta é a maior de todas as histórias e, além disto, passa aos espectadores uma mensagem de esperança, paz e amor fraterno em um teatro feito pelo povo e para o povo”, concluiu.

No Bairro Novo, o público também se fez presente para ver a produção da Equipe Teatral Arte e Vida. O grupo se apresentou na Rua da Cidadania, atraindo, conforme estimativa da Polícia Militar, de 10 a 11 mil pessoas. “Foi um espetáculo excelente. Tudo correu tranquilamente, com o apoio da PM, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros”, disse Luzia Simplício da Silva, coordenadora do núcleo da Fundação Cultural de Curitiba no Bairro Novo.

Para o diretor do grupo Arte e Vida, Marcos Antonio Vieira, a sensação é de missão cumprida. “Sentimos que passamos a mensagem. Vi pessoas emocionadas, chorando em algumas cenas. É impressionante como o público se envolve”, relatou Marcos, que também integra o elenco, formado somente por atores amadores. São aproximadamente 200 componentes, entre atores, figurantes e técnicos.

A apresentação do Grupo JUC – Obras de Assistência Social Dom Orione, que montou o espetáculo no estádio de futebol Maurício Fruet, no bairro Santa Quitéria, também foi tranquila. “A encenação é muito tocante. O público vibrou muito, principalmente na cena final da ressurreição”, disse Juliana Czarknobay, uma das responsáveis pela produção, que já completou 20 anos.

No Abranches, onde acontece a apresentação do Grupo Êxodus, a garoa não espantou o público. “Temos um público fiel, mas muita gente veio de outras comunidades”, disse a coordenadora Kelly Bastos de Barros. Apresentação contou este ano com uma novidade – a participação da cantora Maria Carolina Ciolas, de Ponta Grossa, no encerramento do espetáculo.

As encenações da Paixão de Cristo também aconteceram nos bairros Pinheirinho, com os grupos das Paróquias Santa Rainha dos Apóstolos e Nossa Senhora do Sagrado Coração; no Xaxim, com o grupo da Paróquia São Francisco de Assis; e no São Braz com o grupo da Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho.