Duas pontes trazem Bolsonaro pela quarta vez a Foz do Iguaçu, no próximo dia 15
Ele vem visitar as obras da Ponte da Integração, financiada pela margem brasileira da Itaipu e reabrir a Ponte da Amizade, fechada há quase sete meses em função da pandemia da covid-19.
Em menos de um ano e oito meses, o presidente Jair Bolsonaro retorna pela quarta vez a Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com o Paraguai, no próximo dia 15. Ele terá pelo menos duas agendas importantes: visita as obras da Ponte da Integração, financiada pela margem brasileira de Itaipu, e participa junto com o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, o Marito, de ato simbólico da reabertura da Ponte da Amizade. A ponte está fechada há quase sete meses por causa da pandemia da covid-19. Toda a agenda presidencial deve ser cumprida entre 9h e 11h.
Os protocolos e um cinturão sanitário estão sendo providenciados para o livre trânsito seguro da população na ligação mais movimentada entre os dois países. A reabertura virou um clamor popular dos paraguaios, que dependem economicamente do Brasil. A expectativa é que, aos poucos, o comércio de Ciudad del Este, o maior shopping ao ar livre da América do Sul, volte a receber visitantes.
Esta é a quarta vez que o presidente visita Foz em um ano e oito meses. Só neste ano, esta será a segunda vez que Bolsonaro vem a Foz. A última foi no dia 27 de agosto, quando participou do lançamento da pedra fundamental da duplicação de um trecho de 8,7 quilômetros da BR-469, a chamada Rodovia das Cataratas. As obras devem começar no primeiro trimestre de 2021.
Já em 2019, o presidente esteve na cidade no dia 26 de fevereiro, durante a posse do general Joaquim Silva e Luna como diretor-geral brasileiro de Itaipu. Depois, no dia 10 de maio, ele teve nova agenda para o lançamento da pedra fundamental da segunda ponte, cujas obras estão 40% avançadas.
Na visita às obras da segunda ponte, o presidente será acompanhado dos ministros de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também deve acompanhar o presidente.
A reabertura da Ponte da Amizade – que se estenderá às demais cidades de fronteira do Brasil e Paraguai – deverá será feita durante ato simbólico, nas proximidades das aduanas entre os dois países. Os detalhes estão sendo definidos pela presidência e ministérios de Relações Exteriores do Brasil e do Paraguai. A agenda de Bolsonaro em Foz deve começar pela segunda ponte e terminar na Ponte da Amizade.
Segunda ponte
Com quase 40% das obras concluídas, a Ponte da Integração, no Rio Paraná, ligará Foz do Iguaçu a Presidente Franco, no Paraguai. A nova ligação, que no lado brasileiro está sendo erguida no bairro Porto Meira, vai desafogar o trânsito na Ponte da Amizade.
Do tipo estaiada, a ponte terá 760 metros de comprimento, com vão livre de 470 metros, e contará com pista de 3,7 metros de largura em cada faixa, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro. A obra será complementada com a construção da Perimetral Leste, que ligará a ponte à BR-277.
Parcerias
A nova ponte entre Brasil e Paraguai é uma obra do governo federal, com gestão do governo do Estado (por meio do Departamento de Estradas de Rodagem – DER) e recursos da Itaipu Binacional. Estão sendo investidos na construção aproximadamente R$ 463 milhões, considerando a estrutura, as desapropriações e a criação da perimetral no lado brasileiro.
A soma dos investimentos de Itaipu em obras de infraestrutura é de aproximadamente R$ 1 bilhão. Fazem parte desse rol a segunda ponte sobre o Rio Paraná, a Perimetral Leste e a duplicação do trecho de 8,7 Km da BR-469, a Rodovia das Cataratas – uma das principais reivindicações da população, que vai contribuir para um novo status econômico de Foz do Iguaçu. Itaipu também está investindo nas melhorias do aeroporto, como a ampliação da pista de pouso e de decolagem.
Fazem parte desse pacote, ainda, a finalização do mercado municipal, a revitalização do Gramadão da Vila A, que será um parque de lazer, a construção de ciclovias e pistas de caminhadas e a transformação da Vila A no primeiro bairro inteligente do Brasil.
Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, a vinda do presidente pela quarta vez a Foz, durante sua gestão, é uma grande honra. “É um reconhecimento de que estamos trabalhando fielmente conectados às diretrizes do governo federal. E, para isso, há um esforço e comprometimento enorme de muitos profissionais da Itaipu e parceiros visando a melhoria da qualidade de vida da nossa gente”, diz Silva e Luna.
Covid-19
No lado brasileiro, a Itaipu empregou recursos de cerca de R$ 25 milhões no enfrentamento à covid-19. Esse valor inclui a criação, no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, mantido pela usina, de uma ala exclusiva de atendimento a pacientes graves com comorbidades acometidos pela doença, incluindo a população sem plano de saúde; e a compra e distribuição de equipamentos, insumos e testes de covid-19 para toda a região Oeste do Paraná.