“Ecos do tempo perdido; fragmentos da gênese de uma temporalidade moderna” é a edição da pesquisa de doutorado do historiador Vidal Antônio de Azevedo Costa, defendida junto ao Programa de Pós-Graduação de História da Universidade Federal do Paraná, no ano de 2002.

O livro trata da modernidade cultural pelo viés do imaginário sobre a tecnologia utilizada na passagem do século XIX para o século XX, criado pelos habitantes das cidades desse período, inclusive na então ainda pequena Curitiba.

Seus habitantes vivenciaram a experiência moderna por meio da leitura de periódicos e outros escritos sem, no entanto, serem protagonistas diretos dos conflitos e das experiências bélicas ocorridas em longínquos cenários. Os conteúdos dos jornais e das revistas chegados pelos telégrafos descreviam o funcionamento de artefatos aéreos e terrestres, os quais, apesar de entrarem em ação longe dos olhos dos curitibanos, colocavam estes próximos aos acontecimentos ao transformarem a guerra em uma realidade cultural de dimensão universal.

Com a edição do seu 11º volume, a Coleção A CAPITAL permite ao leitor compartilhar com o autor um interessante exercício interpretativo sobre o impacto das narrações em sociedades do passado mais recente em uma aproximação do objeto de pesquisa a partir da imaginação. Sim, imaginação dos que vivenciaram a presença intermediada da guerra e a do próprio historiador, como linha de pesquisa, somadas, agora, àquelas que farão os leitores. Ao considerar o imaginário como legítimo alvo do estudo da história, a abordagem de Vidal nos fornece a chave para compreendermos a experiência vivenciada pelos curitibanos da Belle-époque e para construirmos uma memória sobre algo tão volátil como a emoção, o medo e demais sentimentos humanos mobilizados nos contextos bélicos.

“Ecos do tempo perdido; fragmentos da gênese de uma temporalidade moderna” promove um conteúdo que guia o leitor nos meandros da constituição da memória coletiva moderna. A experiência do olhar inflacionado de imagens trazidas pela guerra da informação, desde o final do século dezenove e ainda mais presente hoje em nosso cotidiano cyber informático, faz com que a leitura deste livro reivindique qual o papel dos espectadores, nós, como agentes da história.

 

Este livro foi produzido por meio do Mecenato Subsidiado da Fundação Cultural de Curitiba, com incentivo da Trombini Embalagens e do Grupo Positivo. Apoio: Livrarias Curitiba, Centro Paranaense Feminino de Cultura e Palladium Shopping Center.

O autor

Paranaense, Vidal Antônio de Azevedo Costa é doutor em história pela UFPR. Pesquisador, atualmente se dedica à pesquisa e à escrita da história da educação do município de Curitiba. É autor de boletins da Casa Romário Martins/Fundação Cultural de Curitiba sobre o bairro Pinheirinho, a COHAB e a Secretaria Municipal da Educação, além de diversos artigos em periódicos com a temática da modernidade cultural.

Serviço: Sessão de autógrafos com Vidal Antônio de Azevedo Costa. Data: 6 de dezembro (quinta-feira). Horário: 19H30. Local: Livrarias Curitiba do Palladium Shopping Center.