Após o imunizante contra a Covid-19
Na última sexta-feira fui até a Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, me vacinar contra a covid-19. Tomei a primeira dose da segunda vacina mais usada no mundo, desenvolvida pela Pfizer, em parceria com BioNTech.
Na minha cabeça a fila para a vacina era o Tapete Vermelho (até fui bem vestido), e a vacina o grande prêmio da noite, o Oscar na forma de seringa.
Iniciar a “transformação em jacaré” após tantas mortes, medo, desequilíbrio emocional, é um suspiro de calma. Caso você não entenda essa transformação, em um evento na Bahia no dia 17 (coincidência) de dezembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro, afirmou que não há garantia de que a vacina da Pfizer não transformará quem a tomar em “um jacaré”.
“Se você virar um jacaré, é problema seu” disse Bolsonaro.
Esse “problema” que na verdade é a ÚNICA solução contra a pandemia, eu vou correr feliz da vida. Iniciar o imunizante te traz a sensação de que sua vida está entrando nos trilhos novamente, e mesmo que ainda muito distante, você começa a ver a luz no final do túnel, são 3ml de esperança.
Aos poucos o mundo está sendo vacinado, aos pouco as coisas vão voltando a serem de certa forma como eram. A cerimônia do Billboard Music Awards deste ano teve presença de público, foi até mais emocionante ver o público do que a própria premiação. Hoje posso encher o peito e dizer – estou esperançoso. Logo meu suspiro de calma vai se transformará em uma respiração de calma, sem máscara, quando toda população estiver vacinada.
Vale relembrar, em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença como pandemia – segundo a Organização, pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
As campanhas de vacinação, incluindo a contra o coronavírus, é um trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS beneficia cerca de 180 milhões de brasileiros e realiza por ano cerca de 2,8 bilhões de atendimentos, desde procedimentos ambulatoriais simples a atendimentos de alta complexidade, como transplantes de órgãos.
É também o SUS que faz ações de prevenção de vigilância sanitária, como fiscalização de alimentos e registro de medicamentos. Com isso eu fico pensando – será que quem é contra o SUS, não bebe água nem se alimenta?
Meus sentimentos a todos que tenham perdido alguém para a covid.