O olhar do investidor na situação atual
Os investidores estão mais criteriosos porque aumentou a procura por investimentos
Muito tem se falado no ecossistema de startups, com relação aos aportes de investimentos, que os investidores estão diminuindo a oferta de dinheiro neste mercado. Na verdade, o montante de investimentos cresceu durante a pandemia, segundo dados da pesquisa Inside Venture Capital Brasil.
Claro que os aportes realizados nestes meses de pandemia foram frutos de negociações de meses anteriores. Se por um lado este dado não reflete num aumento atual da oferta de investimentos, por outro lado reflete que a expectativa dos investidores está em alta, até mesmo porque os investimentos negociados foram aportados mesmo em pandemia.
Por outro lado, juntamente com a pandemia iniciou-se uma crescente busca pelo desenvolvimento de novos negócios. Muitos por oportunidade de mercado, e outra grande quantidade pela falta de oportunidade para o mercado de trabalho.
O aumento da oferta de startups no mercado fez crescer também a busca das startups pelo aporte de investimentos no mercado. Se por um lado os investidores têm muito mais opção de escolha na hora de investir, por outro lado os seus critérios de seleção também aumentaram.
Para Marcel Malczewski, sócio e investidor da M3 Investimentos, pioneiro no setor de automação comercial para o varejo no Brasil com a Bematech e que agora faz parte da velha guarda do ecossistema das startups, o investidor está cuidando mais de onde coloca o seu dinheiro.
“O investidor busca empresas de tecnologia que podem crescer de forma exponencial e provocar grandes mudanças no setor onde atua.”
A vontade e o espírito do empreendedor continuam os mesmos, mas o que mudou nos últimos anos, principalmente na última década, foram as diversas ferramentas, métodos e instituições de apoio que hoje fomentam as startups, criando este ecossistema.
“Com isto cresceu absurdamente o número de projetos e de startups.”
O que uma startup precisa ter para atrair a atenção do investidor
Por um lado, nada mudou. O espírito empreendedor e a vontade de ter um sonho grande e de querer realizá-lo continuam sendo o principal fator avaliado. Por outro lado, com os stakeholders e todo o ecossistema a favor do empreendedor, os projetos devem estar muito mais planejados e desenhados, passo a passo.
Mas a parte técnica de um negócio evolui de forma cartesiana, desde que esteja bem desenhada. Agora, o lado comportamental do empreendedor conta muito na hora da tomada de decisão.
Um empreendedor de sucesso tem uma história por trás, tem uma preparação. Ele não aprende a empreender ou desenvolve esta habilidade da noite para o dia. Tem todo um processo de educação e de formação que constrói um comportamento ao longo da história. E tem que ter os valores muito fortes.
“Para investir no empreendedor nós fazemos um assessment psicológico, nós mapeamos as pessoas.”
É preciso ter mais de um empreendedor investindo na ideia, para dividirem os esforços e as cobranças, e a startup precisa ter capacidade de execução e entrega. É preciso também entender o diferencial da oferta para o mercado, qual é a novidade que traz para o cliente. E outro fator é a tendência de mercado para o setor, qual é o tamanho e a escala que pode alcançar.
“São nos momentos de crise, de dificuldade, de desafio que você acaba conhecendo o bom empreendedor. E é uma minoria.”
Nesta pandemia, o mundo digital ganhou uma expansão muito grande, e este impulso maior fez crescer os olhos dos investidores para este setor, gerando muitas oportunidades de investimento. Por outro lado, a seletividade é muito maior e mais cuidadosa, além de uma análise mais profunda do real valuation daquela ideia.
Acompanhe na íntegra este bate-papo super interessante.
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