Empreendedorismo de impacto

Publicado em 30 jul 2020, às 15h36.

A Pandemia, como em todos os demais países, agravou a situação sócio econômica do Brasil, e desenvolveu um cenário de desemprego, empobrecimento e fechamento de pequenos e médios empreendimentos, jogando uma grande parcela da população em um patamar de carência sem igual. Essa situação, aliada à desconexão entre os poderes constituídos, gerou um cenário de descontrole até mesmo sanitário, com iniciativas nem um pouco congruentes entre os estados e a esfera Federal.

A economista Penha Pereira, apresenta, “Apesar de toda essa desorganização constituída, vivenciamos projetos e ações geradas na iniciativa privada que alcançaram bons níveis de atendimento de carências. E mais uma vez percebemos que se não houver movimentação da população, de líderes empresariais e comunitários, dificilmente o país consegue se recuperar”.

Assim, percebe-se que o empreendedor necessitou, neste momento, possuir ‘misericórdia’, que é a capacidade altruísta de sentir em seu coração o sofrimento e a carência de muitos que são a base do consumo do país, e então agir, buscar soluções, assim nasceu o termo empreendedorismo de impacto.

Deste modo, por que não poderiam os grandes grupos empresariais, juntamente com entidades e associações de empreendedores maiores, seguirem o exemplo dos pequenos empreendedores em agir, serem misericordiosos com a população desguarnecida e constituírem um Consórcio de produção em que cada um seja um quotista, criando um fundo com recursos que alimentariam as cadeias produtivas?

Penha Pereira é economista. master coach e gestora de carreira

Em termos práticos, “todos os trabalhos de criação, administração em todos os níveis e controles poderiam ser realizados por estagiários dessas áreas. Experiências de produção, consumo e administração poderiam ser conduzidas por mestrandos e doutorandos de cada setor industrial ou financeiro”, exemplifica Penha.

Como o Poder Público pode ajudar a empreender com impacto

A parte do Poder Público neste caso, seria dar as condições legais, sistêmicas, de infraestrutura e segurança para que estes projetos de empreendedores de impacto pudessem sair do papel.

Percebe-se que todos ganhariam pela aplicação diária de uma atitude que no final de todas as contas se chama Misericórdia, além da compaixão das grandes Corporações que construiriam a jornada de novos profissionais e reconstruiriam a carreira dos que já não estão tão atualizados.

“Todos poderiam ter as suas posições preservadas, permitindo a produção, o crescimento sócio econômico, a manutenção dos níveis de renda de tal forma que pudessem ser geradas as condições para o desenvolvimento sustentável” finaliza a economista.