Em tempos de inovação, direito e empreendedorismo caminham juntos

por Kauana
Publicado em 4 jul 2019, às 00h00.
  1. Num cenário onde as transformações tecnológicas têm mudado as relações constantemente, mais do que se manter atualizado nas novas legislações, é preciso estar à frente. Conheça como os profissionais do direito trabalham neste novo cenário.

Em épocas em que algumas profissões estão se questionando sobre a sua existência frente a substituição de muitas tarefas pela tecnologia, profissões tradicionais como a advocacia também começam a pensar diferente sobre o profissional do futuro. Na matéria de hoje a entrevista será com os advogados Alan Moreira Lopes, Keila dos Santos e Thayná Fiori Gonzaga do Escritório Lopes e Santos Sociedade de Advogados. Atuante em direito privado com ênfase em direito digital, robótico, civil e empresarial.

Profissionais com perfis diferentes: Keila tem um perfil conservador e tem muita perseverança, Alan tem um perfil colaborativo e tem muita resiliência, já Thayná tem um perfil inovador e sonhador. Agora uma coisa é comum a todos, além de fugir do tradicional e fazer a diferença, a sua referência empreendedora é Steve Jobs.

Uma vez no mercado de trabalho, qualquer profissional precisa ser um pouco empreendedor. Na área do direito, segundo Alan, advogado precisa ser empreendedor e gerar inovação. “Estamos diante de uma área bastante tradicional, bastante conservadora e muito resistente a entrada de novas tecnologias.” E para acompanhar este cenário de grandes transformações, é preciso ter um mindset aberto para as novidades.

Com relação ao uso das novas tecnologias, Keila dos Santos já nos alerta: “… o próprio poder judiciário já vem adotando a tecnologia a seu favor… hoje temos quase que 100% dos processos de forma digital.”, ou seja, mesmo que o advogado ainda seja resistente às mudanças, na prática profissional a tecnologia já esta impondo novas realidades. Quem não se atualizar, não estiver antenado, pode ficar para trás.

Thayná Gonzaga ainda faz a consideração que até mesmo frente as questões legais, do direito criminal, a tecnologia está trazendo uma nova reflexão do profissional de advocacia, como por exemplo os crimes cibernéticos. Hoje muitas empresas têm muita informação dos seus ativos de modo digital, o que tem chamado a atenção para contraventores do mundo virtual, onde a exposição ao risco de ser descoberto é atenuada.

Se um dia a tecnologia vai substituir o advogado, Alan tem uma opinião bem consolidada sobre o tema: “o que temos visto na prática é na verdade que a tecnologia é um facilitador do trabalho braçal do advogado”, e isto de certo modo é benéfico, pois está fazendo com que os advogados utilizem mais do seu conhecimento e da sua criatividade para a elaboração de conteúdos relevantes em suas peças jurídicas.

 

A máquina pode até reproduzir o trabalho operacional de forma mais eficiente que o homem, mas não existe na atualidade nenhuma máquina que seja capaz de superar a criatividade humana. Por isto os estudos recentes apontam que a tendência do futuro é a busca por profissionais com cada vez mais habilidade humanas do que habilidades técnicas.

Neste ponto, para um advogado recém-formado o mercado de trabalho pode ser ainda um grande desafio, pois segundo Keila, “o advogado sai da faculdade sabendo de lei e não sabendo de administração.” Mas para os advogados que estão prestes a entrar no mercado, Keila tranquiliza que não tem segredo, a receita é simples: “…estudando sempre, tanto a parte legal quanto a parte empreendedora.”

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