Estudante é expulsa de universidade no Paraná após não ser considerada indígena
Uma universitária do curso de Administração foi expulsa da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) após a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar que apontou que a estudante admitida por meio da reserva de vagas no vestibular, não é indígena, apesar do documento de pertencimento assinado por um cacique da região de São Jerônimo da Serra.
De acordo com as informações da UENP, o cacique, lideranças indígenas e servidores da Funai foram questionados pelo Ministério Público Federal e afirmaram que o documento não era válido para comprovar a origem da universitária, apesar da mulher morar na terra indígena e ser casada com um índio.
Durante o Processo Administrativo, dois caciques declaram que ela não era indígena e a própria estudante confirmou não ter nenhum ancestral indígena em sua família.
“Embora não houvesse má-fé da aluna, ela deveria ser excluída do quadro acadêmico da UENP, por não ser considerada indígena, e ter ingressado por meio do Vestibular dos Povos Indígenas/CUIA na Universidade”, esclareceu a instituição.
Durante o processo de admissão, uma comissão da UENP verifica a documentação, entre eles, a declaração do cacique pela autonomia das lideranças indígenas e se o inscrito pode participar do Vestibular.
“Pelo Programa CUIA/PR, são ofertadas, por ano, 6 vagas para cada uma das Universidades Estaduais do Paraná e 10 vagas na Universidade Federal do Paraná.”