Educação positiva funciona? Pedagoga explica método viral das redes sociais
De acordo com a pedagoga Isabela Guimarães, a educação positiva pode trazer diversos benefícios se aplicada corretamente
Nos últimos tempos, vídeos satirizando a educação positiva viralizaram nas redes sociais. Muito conhecida pela educação das “escolhas”, esse método de educar crianças ganhou mais visibilidade nos últimos tempos, mas já existe desde 2008.
De acordo com pesquisadores e estudiosos no assunto, a educação positiva busca ajudar as crianças a conhecerem a si mesmas e entenderem sua individualidade. Um exemplo prático deste método é o de dar opções às crianças no dia a dia, como a roupa que querem vestir, o almoço que gostariam de comer ou a brincadeira que querem realizar.
Leia mais:
- Campanha de vacinação em escolas do Paraná vai até o final do mês de agosto
- Saiba quem é o Youtuber que ficou acordado por 11 dias e mobilizou fãs
- Isabel Veloso: jovem paranaense com câncer terminal anuncia gravidez
Conforme a pedagoga Isabela Guimarães, a educação positiva pode trazer diversos benefícios para o crescimento das crianças. “Colocando como base o diálogo, a criança crescerá sabendo como lidar com as suas emoções, sabendo usar a comunicação com todos ao seu redor para o maior desenvolvimento de uma socialização e, principalmente, traz uma educação na qual a pessoa consegue crescer de uma forma com menos traumas”, afirmou.
Contudo, a pedagoga também reafirmou a necessidade de não confundir a educação positiva, que busca ajudar a criança a ter uma autonomia maior, com ser permissivo. “A educação positiva não deve ser confundida com uma educação permissiva, onde pode tudo, mas sim uma educação que tem regras que devem ser seguidas”, explicou. “Muitas famílias estão esquecendo de fazer o papel de mostrar o certo e o errado, e as crianças estão vindo com um aborrecimento maior quando é mostrado algo negativo no seu dia e elas não sabem lidar”.
Como a educação positiva afeta a sala de aula?
Como professora de educação infantil da primeira infância, Isabela afirma que percebe uma diferença grande nos alunos após o aumento de popularidade desse estilo de criação de filhos. Contudo, ela também acredita que os pais não estão se informando o suficiente para aplicar a educação positiva corretamente.
“O excesso de informações sobre essa educação vêm trazendo um ensinamento infundado na criação dos filhos. Muitos pais querem fazer a educação positiva, mas não conseguem mostrar para os filhos que, na vida, existem momentos em que não irão conseguir algo ou que não vai ser da forma que querem”, explicou. “Assim, as crianças estão vindo com um nível de aborrecimento e de tolerância muito baixo”.
Por fim, a pedagoga mantém a opinião de que a educação positiva pode ser aplicada em sala de aula, trazendo benefícios para o ambiente escolar. “A base da educação positiva é oferecer o diálogo e o material necessário para oferecer a autonomia da criança. Então o docente trabalha para criar uma autonomia no estudante, sendo um mediador na aprendizagem estudantil. Já no método tradicional, traz o professor como o depositador do conhecimento, como podemos analisar com a filosofia da educação bancária”, afirmou.
“Então o professor é quem analisa e aplica o seu método de ensino. Existem alguns que conseguem pegar o lado bom dos dois métodos e criar uma aula dinâmica. Creio que a pedagogia usa a educação positiva, mostrando que é possível dar a autonomia para a criança e assim, desenvolver o potencial que ela tem, por meio do diálogo e demais regras estabelecidas para o convívio escolar”.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!