A varejista de materiais de construção Quero-Quero realizou uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de R$ 1,94 bilhão na B3, a Bolsa paulista, em meio à pandemia de covid-19. O êxito da oferta foi a porta de saída do fundo de private equity norte-americano Advent Internacional do ativo. Com a operação, o Advent colocou R$ 1,66 bilhão no caixa.
A ação foi precificada em R$ 12,65, no centro da faixa indicativa de preço, que variava de R$ 11,30 a R$ 14. Se o lote suplementar da oferta for exercido nos primeiros dias de negociação da ação, o Advent se despedirá por completo da empresa, após 12 anos como investidor. A estreia da Quero-Quero na B3 será na próxima segunda-feira. A varejista concentra 75% de suas lojas no Rio Grande do Sul.
No ano passado, a varejista registrou uma receita líquida de R$ 1,7 bilhão, crescimento de 24% sobre o ano anterior. Ao todo, a rede possui 346 lojas. No primeiro trimestre do ano, a receita líquida foi de R$ 314,7 milhões, ante R$ 315,2 milhões no mesmo período do ano passado. Esse dado, contudo, ainda não reflete todo o efeito da pandemia da covid-19.
A empresa espera recuperação do setor de materiais de construção depois que os efeitos mais graves da pandemia passarem. “Nossa expectativa é de recuperação e de crescimento contínuo do setor de varejo de materiais de construção nos próximos anos, uma vez superados os efeitos da pandemia, em linha com os dados publicados pelo IBGE para os anos de 2017 a 2019”, disse a companhia.
O fundo Advent escolheu uma de suas empresas para coordenar a oferta: a corretora Easynvest. Fizeram parte da operação ainda os bancos BTG Pactual, Bank of America, Itaú BBA, Bradesco BBI e BB Investimentos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.