Três dos nove grupos de despesas que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram deflação em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior variação negativa, -0,52%, foi do grupo Vestuário, que já havia recuado nos meses de maio (-0,58%) e junho (-0,46%). Em julho, ficaram mais baratos roupas masculinas (-1,40%), femininas (-0,61%) e calçados e acessórios (-0,31%), enquanto as roupas infantis subiram 0,18%. Já as joias e bijuterias aumentaram 1,04%, acumulando uma elevação de 7,61% no ano.
“Vestuário tem a terceira queda seguida, a gente pode imaginar que tem a ver com a pandemia. Teve queda na demanda, as pessoas têm ficado mais em casa”, disse Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. “Tem um componente dele que é a parte de joias e bijuterias que está em alta. Joias são muito influenciadas pelo preço do ouro, que é regulado pelo mercado internacional”, completou.
Os demais recuos em julho ocorreram nos grupos Despesas Pessoais (-0,11%) e Educação (-0,12%).
Entre as altas, a mais acentuada foi a de Artigos de Residência, 0,90%, sob influência dos artigos de TV, som e informática (2,87%), que contribuíram com 0,02 ponto porcentual para o IPCA de julho.
Os preços dos eletrodomésticos e equipamentos também subiram, 1,01%, enquanto os itens de mobiliário permaneceram em queda, -0,22%.
Também houve aumentos de preços em julho nos grupos Habitação (0,80%), Transportes (0,78%), Saúde e cuidados pessoais (0,44%), Comunicação (0,51%) e Alimentação e bebidas (0,01%).