Produção do pré-sal sob regime de partilha deve atingir 3,5 mi bpd em 2031, diz PPSA

Publicado em 24 nov 2021, às 09h26. Atualizado às 09h30.

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A produção de petróleo no pré-sal sob regime de partilha deverá atingir aproximadamente média de 3,5 milhões de barris por dia (bpd) em 2031, apontaram dados publicados nesta quarta-feira pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável por representar a União nesses contratos.

O volume será o equivalente a dois terços da produção nacional estimada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para aquele ano, apontaram as estimativas, divulgadas durante 4º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo, transmitido pela agência EPBR.

Em 2022, primeiro ano do período analisado nesta edição do estudo, a parcela de óleo a que a União terá direito será de 24 mil bpd. Já em 2031, estima-se a produção de cerca de 1 milhão de bpd.

“Hoje, estão em produção quatro contratos e, em setembro, nosso último dado, a parcela da União foi de 11 mil barris de óleo por dia. Estamos falando em ter um milhão de barris por dia em dez anos. E o mais importante: o estudo prevê que 70% da produção acumulada até 2031 virá de áreas que já possuem declaração de comercialidade. O cenário é muito promissor”, disse o presidente da PPSA, Eduardo Gerk.

No total, o estudo apontou que a produção dos contratos de partilha deverá somar 8,2 bilhões de barris de petróleo em 10 anos, sendo que 1,5 bilhão de barris de petróleo serão destinados à União.

Nesse contexto, a PPSA estima arrecadar cerca de 116 bilhões de dólares, entre 2022 e 2031, com a comercialização de 1,5 bilhão de barris de petróleo que a União terá direito nos contratos de partilha de produção.

ARRECADAÇÃO E INVESTIMENTOS

O estudo projeta ainda que até 2031 os contratos de partilha de produção irão gerar uma arrecadação de 92 bilhões de dólares em royalties e de 77 bilhões de dólares em Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Somando a perspectiva de arrecadação de 116 bilhões de dólares com a comercialização da parcela de óleo da União, a receita total estimada para os cofres públicos é de 285 bilhões de dólares em 10 anos.

Para o desenvolvimento das atividades no Polígono do Pré-Sal, estão previstos investimentos de 99 bilhões de dólares até 2031. Deste total, 33 bilhões de dólares deverão ser aplicados em plataformas de produção; 37 bilhões de dólares em poços; e 29 bilhões de dólares em sistemas submarinos.

Ao todo, estima-se a contratação de 27 navios plataformas do tipo FPSO e 416 poços.

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