Premiê do Japão confirma que reservas de petróleo podem ser liberadas para conter alta dos preços

Publicado em 20 nov 2021, às 12h24. Atualizado às 12h25.

Por Tetsushi Kajimoto

TÓQUIO (Reuters) – O Japão está considerando liberar petróleo de suas reservas para conter a alta dos preços da commodity pela primeira vez, informou a agência de notícias Kyodo neste sábado, enquanto o primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, sinalizou disposição em conter os saltos nos preço do petróleo após um pedido dos Estados Unidos.

No entanto, o Japão pode ter dificuldades para justificar tal medida, já que, segundo suas próprias leis, o país pode liberar reservas apenas em tempos de restrições de oferta ou desastres naturais, mas não para reduzir os preços.

O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, que está enfrentando índices de aprovação em queda e preços mais altos da gasolina, pressionou algumas das maiores economias do mundo a considerarem a liberação de petróleo de suas reservas estratégicas para conter os altos preços da energia.

Os pedidos incluíram um pedido à China pela primeira vez para que considere a liberação de estoques de petróleo.

“Estamos considerando o que podemos fazer legalmente com base na premissa de que o Japão vai se coordenar com os Estados Unidos e outros países envolvidos”, disse Kishida a repórteres.

“Queremos tirar uma conclusão depois de considerar detalhadamente a situação que cada país enfrenta e o que o Japão pode fazer.”

O Japão usou suas reservas no passado para lidar com as consequências da Guerra do Golfo, no início de 1990, e com o terremoto e tsunami mortais em 2011.

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