Mais de 20 auditores em cargos de chefia pedem exoneração da Receita Federal em Foz do Iguaçu

por Julia Cappeletto
com supervisão de Rodrigo Sigmura
Publicado em 4 mar 2022, às 16h11. Atualizado em: 8 mar 2022 às 12h27.

Mais 11 exonerações de funções de chefia da Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram assinadas na quinta-feira (3). A informação foi confirmada pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) nesta sexta-feira (4). 

De acordo com o sindicato, outros 10 pedidos já haviam sido assinados entre os dias 26 de janeiro e 14 de fevereiro deste ano, todos vindos de cargos de chefia. Com essas exonerações, as principais posições de comando, sendo titulares ou substitutas, foram descentralizadas. 

Além disso, a falta de pessoas nesses cargos deve causar desorganização nos serviços da Alfândega, já que as principais funções estão desfalcadas, aponta o sindicato. A Divisão de Conferência de Bagagem, Divisão de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho, Serviço de Despacho Aduaneiro estão sem os auditores responsáveis

“Em tese, essas atribuições são avocadas para o gabinete e o gabinete talvez não consiga lidar com todas essas atribuições ao mesmo tempo. Então haverá, provavelmente, confusão na execução dos serviços dessa Alfândega e precarização na prestação desses serviços”, 

afirma o representante do Sindifisco em Foz do Iguaçu, Flavio Bernardino de Carvalho.

Em nota, a Superintendência da Receita Federal do Brasil na 9ª Região Fiscal (Paraná e Santa Catarina) afirmou que os pedidos de exoneração são fruto do descontentamento dos servidores com as negociações que vêm sendo realizadas com o governo federal referentes a assuntos como a falta de pessoal, cortes no orçamento e a regulamentação do programa de produtividade estabelecido em 2016.

A Superintendência informou ainda que tem realizado esforços para manter a prestação dos serviços essenciais da Receita Federal, que é o principal responsável pela arrecadação do Estado brasileiro, para que não haja interrupção no fluxo de recursos destinado à realização de políticas públicas em áreas importantes como Educação, Saúde e Segurança.

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