O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,50% em julho, depois de uma alta de 0,33% em junho, informou nesta quarta-feira, 5, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 1,66% no ano. Em 12 meses, o indicador acumulou avanço de 3,08%.
Em julho, o IPC-C1 ficou acima da variação da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, obtida pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que teve elevação de 0,49% no mês. No acumulado em 12 meses, a taxa do IPC-BR também foi inferior, aos 2,40%.
Pressões
A alta no preço da gasolina e na tarifa de energia elétrica pressionou o IPC-C1 em julho, segundo a FGV.
Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Habitação (de 0,07% em junho para 0,90% em julho), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,11% para 0,54%), Transportes (de 1,03% para 1,12%) e Despesas Diversas (de 0,10% para 0,25%).
Houve pressão dos itens tarifa de eletricidade residencial (de -0,88% para 2,33%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,64% para 0,52%), serviço de reparo em automóvel (de 0,12% para 0,94%) e conserto de bicicleta (de 0,51% para 1,57%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Alimentação (de 0,53% para 0,13%), Comunicação (de 0,72% para 0,40%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,37% para -0,61%) e Vestuário (de -0,10% para -0,25%), sob impacto de itens como hortaliças e legumes (de -3,07% para -12,48%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 2,12% para 1,02%), cursos formais (de -1,05% para -1,55%) e roupas (de -0,14% para -0,40%).