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Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa subia firme nesta sexta-feira, após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançar em novembro menos do que o esperado por economistas. O movimento de alta ganhou mais fôlego após a divulgação de dado de inflação dos Estados Unidos praticamente em linha com as expectativas.

Às 11:29, o Ibovespa subia 1,44%, a 107.819,01 pontos. O volume financeiro era de 5,5 bilhões de reais.

O IPCA subiu 0,95% em novembro frente ao mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ante expectativa de alta de 1,08% em pesquisa da Reuters.

O resultado veio dois dias após o Banco Central justificar uma postura mais dura em decisão de política monetária pelas pressões inflacionárias.

Com isso, ações de varejistas, que desabaram na véspera com a leitura de juros mais altos por mais tempo, ensaiam recuperação nesta sexta-feira, assim como o setor de construção, com a ressalva de que praticamente todas as ações do Ibovespa operavam no azul.

O movimento de alta do Ibovespa ganhou mais força após divulgação de dado de inflação nos EUA. O índice de preços ao consumidor naquele país subiu 0,8% em novembro, frente a estimativa de 0,7% em pesquisa Reuters.

O avanço praticamente em linha com as estimativas fez os futuros de ações dos EUA acelerarem os ganhos acentuadamente. A leitura é de que o dado ameniza alguma pressão sobre o banco central norte-americano para seguir em frente com um agressivo aperto da política monetária — que afeta a liquidez global, e, portanto, as bolsas, com impacto potencialmente maior nas emergentes.

Investidores estavam na expectativa pelo índice, já que ele antecede a próxima reunião do Federal Reserve (Fed), na semana que vem, em que deve ser discutida aceleração do ritmo de retirada de estímulos pelo banco central norte-americano, diante das pressões inflacionárias. Além disso, o mercado também busca pistas sobre quando os juros podem começar a subir naquele país.

DESTAQUES

– MÉLIUZ ON disparava 8,4% e LOCAWEB ON avançava 5,7%.

– VIA ON subia 3,9%, AMERICANAS ON avançava 2%, LOJAS AMERICANAS PN tinha alta de 2,2% e MAGAZINE LUIZA ON apontava +0,5%.

– EZTEC ON subia 6,1%, MRV ON avançava 5,1% e CYRELA ON tinha alta de 6%.

– DEXCO ON disparava 5,6%, após conselho de administração da companhia aprovar antecipação de pagamentos de proventos aos acionistas relativos a 2021 no valor de 878,4 milhões de reais. Empresa também aprovou bonificação de 10% das ações.

– B3 ON subia 4%, após divulgar projeções para 2022 e anunciar uma recompra de ações. A empresa estima maior investimentos em novas iniciativas e negócios, em comparação à este ano, mas projeta queda nos investimentos em suas atividades principais. Além disso, anunciou na véspera uma recompra de até 250 milhões de ações em 12 meses.

– NUBANK BDR subia 12%, na segunda sessão de negociações, após alta de 20,1% na véspera. Em Nova York, as ações do banco digital avançaram 14,8% na estreia.

– PETROBRAS PN subia 1,4% e ON avançava 1,6%. Petróleo caminhava para maior ganho semanal desde o final de agosto, com alívio das preocupações sobre o impacto da variante Ômicron no crescimento econômico global e na demanda por combustível.

– AMBEV ON subia 1,1% e BRADESCO PN avançava 0,4% após empresas anunciarem pagamentos de dividendos.

– CSN ON caía 0,5% e era uma das poucas baixas do índice, após permanecer como umas únicas ações no azul na véspera na sequência de encontro com analistas e investidores.