Mais de 19 mil trabalhadores aderiram à paralisação no estado. Em Curitiba e Região, 344 das 532 agências permanecem fechadas

A greve nacional dos bancários, que completa 11 dias nesta sexta-feira (16), fecha 777 agências e dez centros administrativos em todo o Paraná. O número representa 80% das agências do estado. Mais de 19 mil trabalhadores aderiram à paralisação, conforme um levantamento da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR).

Em Curitiba e Região, 344 das 532 agências bancárias permanecem fechadas. Mais de 13,9 mil dos 18,1 mil bancários estão de braços cruzados. O número que equivale a 77% de adesão. Veja alternativa para pagar as contas.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários se reuniram na quinta-feira (15), em São Paulo, porém não chegaram a nenhum acordo, conforme o Sindicato de Bancários de Curitiba e Região. A paralisação continua por tempo indeterminado.

O sindicato alega que em algumas cidades do Paraná, houve relatos de que funcionários foram obrigados a retirar os adesivos e cartazes da greve das agências, forçando a entrada.

Desde o início da greve, foram realizadas três reuniões entre as partes. Os banqueiros oferecem índice de reajuste de 7% com abono salarial de R$ 3,3 mil, não incorporado aos salários.

Reivindicações
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.