As exportações da indústria brasileira de máquinas e equipamentos avançaram 0,6% em maio ante abril, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entidade que reúne as empresas do setor.
No mês, as exportações alcançaram US$ 516,2 milhões, resultado 34,7% inferior ao observado em maio de 2019. Em 2020, os embarques do setor somam US$ 3,018 bilhões, nível 23,6% abaixo do contabilizado no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, os setores que mais contribuíram para o resultado negativo foram máquinas para logística e construção civil (-43,7%), máquinas para bens de consumo (-30,3%) e máquinas para indústria de transformação (-28,6%). O único setor que tem alta nesta base de comparação é o de máquinas para agricultura, com aumento de 1,1% nas vendas.
Na margem, puxaram a alta de 0,6% do setor as máquinas para petróleo e energia renovável (52,1%), máquinas para agricultura (25,5%) e componentes para a indústria de bens de capital (9,6%).
“O quadro de encolhimento do PIB mundial sinaliza uma possível lentidão no fluxo de comércio entre países pós-pandemia. Somado ao sentimento de protecionismo e construção das indústrias locais, a perspectiva é de esmorecimeento da compra de bens de alto valor agregado por países desenvolvidos”, avalia, em nota, o Departamento de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq.
Consumo aparente
O consumo aparente da indústria brasileira de máquinas e equipamentos cresceu 15,7% em maio, na comparação com abril, informou a Abimaq.
O consumo contabilizou R$ 13,372 bilhões, o equivalente a uma queda de 10,7% na comparação com maio de 2019.
“A queda do consumo aparente refletiu a forte queda das importações devido à recessão da atividade econômica brasileira e à cautela dos setores produtivos quanto a novos investimentos no curto prazo”, avalia, em nota, o Departamento de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq.
Mesmo assim, no acumulado de 2020, o consumo aparente contabiliza R$ 70,759 bilhões, aumento de 12,2% frente a igual período de 2019. Nos 12 meses encerrados em maio, a alta é de 8,6%.