Especial Maringá 75 anos: movimentando a economia do Paraná
Maringá completa, nesta terça-feira (10), 75 anos de emancipação política. Apesar de jovem, a Cidade Canção se destaca como um dos motores da economia paranaense, mostrando a solidez das empresas locais e a força dos trabalhadores maringaenses.
Um dos principais dados que reforçam esta ideia é a geração de empregos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Maringá foi a segunda cidade do Paraná que mais gerou empregos em 2021.
Maringá: dados rápidos
- Data da fundação: 10 de maio de 1947
- População: 436.472 habitantes (3ª maior do PR e 63ª do Brasil)
- Área: 487,012 km²
- Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM): 0,808 (alto)
- Distância de Curitiba: 460 km
Ao todo, foram 87.001 admissões e 78.622 demissões no município, gerando um saldo de 8.379 empregos ao longo do ano passado. A cidade ficou atrás apenas de Curitba no ranking estadual.
O setor de Serviços foi o que mais gerou vagas de emprego na cidade, com 4.673 postos de trabalho criados em 2021. O setor foi seguido pelo Comércio, com 2.450 novos empregos, e pela Indústria, com 729.
Gerando riquezas
O setor de Serviços, inclusive, é a grande força econômica do município, responsável por aproximadamente 60% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) gerado na cidade em 2019, de acordo com os dados mais recentes disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, o PIB maringaense no ano em questão foi de pouco mais de R$ 19,3 bilhões, o que colocou Maringá na quarta posição do Estado. Mas, levando em consideração apenas o setor de Serviços, que movimentou mais de R$ 11,5 bilhões, a cidade fica em terceiro lugar no Paraná.
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (Ipplam) indica que, numa comparação direta com municípios do mesmo porte, entre 400 mil e 500 mil habitantes, Maringá fica atrás somente de Jundiaí, Betim, Piracicaba e Santos no ranking do PIB nacional.
Não à toa, Maringá tem nove representantes no ranking das 500 maiores empresas do Sul do país. Juntas, elas tiveram uma receita líquida de mais de R$ 14 bilhões em 2020, com um lucro de mais de R$ 600 milhões e com um patrimônio líquido de mais de R$ 3,3 bilhões.
Mas, entre as quase 40 mil empresas sediadas em Maringá, também se destacam as menores. Só em 2021, foram constituídas no município 5.668 novas Micro Empresas Individuais (MEIs), de acordo com dados da Receita Federal, colocando Maringá na terceira posição do ranking estadual. O desempenho é ainda mais relevante quando colocado em perspectiva, visto que o ano foi atravessado pela pandemia do coronavírus.
De Maringá para o mundo
Boa parte de toda essa produção local vai para bem longe de Maringá. Tanto é que a cidade é a segunda maior exportadora do Paraná, ficando atrás apenas de Paranaguá, que conta com um dos maiores portos do país.
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as exportações maringaenses somaram mais de US$ 2,3 bilhões. A título de comparação, Curitiba, que é a capital do estado e ficou em terceiro lugar no ranking estadual, exportou um total de US$ 1,5 bilhão, 35% a menos do que a Cidade Canção.
Do total exportado pelo Paraná em 2021, 11% saiu de Maringá. Ou seja, a cada US$ 10 que o Estado conquistou vendendo para fora do país, US$ 1 foi ganho no município maringaense.
A soja foi o principal produto exportado por Maringá no ano em questão, com uma participação de 73% no total dos produtos maringaenses vendidos para fora do Brasil. Em seguida aparece o açúcar, com 9,4%, e o resíduo da extração do óleo de soja, com 4,3%. Já o milho aparece com 4,2% do total exportado.
A China domina a compra de produtos maringaenses, com 67% das exportações. Bangladesh e Iraque estão empatados na segunda posição, com 3%. Irã representa 2,8% e Coreia do Sul, 2,7%.
A força do campo
Os produtos exportados evidenciam a força da agropecuária maringaense. Calculado pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SEAB), o Valor Bruto de Produção (VBP), ficou em R$ 289,4 milhões em 2020, último levantamento disponível.
Conhecido como ‘PIB do campo’, o VBP soma tudo o que foi produzido na agropecuária dos municípios paranaenses. Em Maringá, a soja é o principal cultivo, com mais de 83 mil toneladas e movimentação de R$ 116,6 milhões no ano em questão.
Na sequência aparece o milho, com um VBP de R$ 94,5 milhões e produção de 121,9 mil toneladas. Em terceiro lugar está o frango de corte, com movimentação de R$ 34,7 milhões. Segundo a SEAB, foram abatidas no município mais de 2,5 milhões de aves em 2021.
