O dólar sobe com investidores atentos à cautela no exterior, após o parlamento chinês aprovar uma lei de segurança nacional para Hong Kong. A nova lei passa a valer a partir de amanhã e agrava as já tensas relações com os EUA. Por isso, ficam em segundo plano os dados de atividade industrial e de serviços na China melhores que o esperado em junho. Analistas avaliam como negativa também a notícia de que as exportações de carnes de quatro frigoríficos brasileiros para a China foram suspensas.
A taxa de desocupação no Brasil de 12,9% no trimestre encerrado em maio, divulgada mais cedo, veio pouco abaixo da mediana do mercado (13,0%) e dentro do intervalo das expectativas dos analistas (entre 12,3% e 14,8%). O dado fica em segundo plano no câmbio. Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,3%. No trimestre até abril de 2020, a taxa de desocupação estava em 12,6%.
Já disputa técnica em torno da definição da última Ptax de junho, do segundo trimestre e do primeiro semestre pode trazer pressão adicional até o início da tarde. A tendência é que os investidores vendidos em contratos cambiais (apostaram na baixa) pressionem o dólar à vista para baixo perto das horas cheias até às 13h.
Às 9h20 desta terça-feira, o dólar no mercado à vista subia 0,41%, a R$ 5,4480. O dólar para agosto, contrato mais negociado no mercado futuro a partir de hoje, avançava 0,81%, a R$ 5,4495.
Mais cedo, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 11,2 pontos na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, alcançando 71,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da melhora de 20,6 pontos nos últimos dois meses, o índice recuperou apenas 48% das perdas sofridas em março e abril.