O dólar segue em alta no mercado doméstico nesta terça-feira, 4, alinhado à tendência global. O resultado da produção industrial de junho (alta de 8,9% ante maio) não altera as apostas majoritárias de corte de 25 pontos-base da Selic, para 2,00%, na quarta-feira. Contudo, o dado ajuda a balizar as previsões para setembro, cujo cenário principal das projeções atualmente aponta para manutenção. Algumas casas, no entanto, não descartam mais uma redução pela frente até o fim do ano. O primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) começa nesta terça-feira.
Operadores do mercado afirmam que o auxílio-covid deve ser estendido até o final do ano, elevando tensões quanto a ameaça ao teto de gastos.
No exterior, a moeda americana se fortaleceu na última hora ante seus pares principais e segue em alta frente a maioria das divisas emergentes ligadas a commodities em meio ao impasse nas negociações entre republicanos e democratas em torno dos benefícios de auxílio-desemprego que expiraram em 31 de julho e o próximo pacote fiscal.
Às 9h37, o dólar à vista subia 0,87%, a R$ 5,3598. O dólar futuro para setembro avançava 0,64%, a R$ 5,3640.
Mais cedo, o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,25% em julho, de 0,39% em junho, superando a mediana das estimativas do Projeções Broadcast, de +0,20%, mas ficou dentro do intervalo esperado (0,12% a 0,47%). O IPC-Fipe acumula inflação de 0,58% no ano e 2,73% em 12 meses até julho.
Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) mostrou desaceleração em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em julho. No mês passado, o índice cheio subiu 0,49% ante 0,36% no fechamento de junho.