O dólar opera em baixa, sob influência do exterior, mas chegou a subir de forma pontual em meio a ajustes de posições tendo em vista um pano de fundo de cautela local com possível novo corte da Selic hoje e o déficit fiscal público. Os investidores operam na expectativa de um acordo, em breve, em torno do novo pacote de estímulos fiscais em negociação no Congresso dos Estados Unidos.
O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda ante seis divisas fortes, atingiu as mínimas intradia logo após a divulgação do relatório de empregos no setor privado norte-americano.
Os EUA criaram 167 mil empregos no setor privado em julho, bem abaixo da expectativa de analistas, que previam criação de 1 milhão de postos de trabalho no último mês. Por outro lado, a geração de empregos de junho sofreu uma forte revisão para cima, de 2,396 milhões para 4,314 milhões.
A pesquisa da ADP é considerada uma prévia do relatório de emprego (payroll) dos EUA, que inclui dados do setor público e será divulgado nesta sexta-feira (07). Além disso, a balança comercial norte-americana registrou um déficit de US$ 50,7 bilhões em junho, maior do que o previsto pelos analistas (-US$ 50,3 bilhões).
No mercado local, há um compasso de espera pelo desfecho da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), após o fechamento dos negócios. Investidores esperam por um corte de 25 pontos-base da Selic, para 2,00%, e de uma sinalização sobre se o ciclo de afrouxamento monetário chegou ao fim. Ontem, a curva de juro precificava 26% de chance de mais um corte de 25 pontos-base em setembro.
As 9h58, o dólar à vista caía 0,29%, a R$ 5,2699. O dólar futuro para setembro recuava 0,26%, a R$ 5,2740.
Mais cedo foi divulgado que o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,50% em julho, depois de uma alta de 0,33% em junho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.