O Brasil alcançou um recorde de 5,411 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em maio, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado significa 718 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um aumento de 15,3%. Em um ano, 506 mil pessoas a mais caíram para essa situação, o que representa alta de 10,3%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
O IBGE também informou nesta terça-feira, 30, que, no trimestre terminado em maio de 2020, faltou trabalho para 30,371 milhões de pessoas no País.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 23,5% no trimestre até fevereiro para 27,5% no trimestre até maio. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até maio de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 25,0%.