Brasil pode mediar agenda no G20 'em momento econômico crítico', diz Haddad
O Brasil se colocou como um mediador da agenda de desafios globais ao assumir a presidência do G20, em 1º de dezembro, em meio a um momento econômico crítico, maior fragmentação geopolítica, risco de crises de dívida e a fraqueza dos organismos multilaterais. O recado foi dado no posicionamento do País ao Comitê do Fundo Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês), assinado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e publicado nesta quarta-feira, 11.
“A crescente fragmentação geoeconômica, um multilateralismo enfraquecido, uma crise de dívida iminente em vários países do Sul Global, a pobreza e a fome persistentes, o aumento da riqueza e da desigualdade de rendimentos, e a crise climática representam riscos negativos significativos para a economia global”, alerta Haddad, no documento, que cobra ainda determinação dos bancos centrais frente a esses desafios.
De acordo com ele, as prioridades do Brasil ao assumir a presidência do G20 estão relacionadas a esses desafios. Ao colocar o País como possível intermediador dos problemas globais, o ministro afirma que o objetivo é ajudar a construir “o consenso tão necessário” sobre as “questões prementes” da agenda global, aproveitando o seu histórico de diálogo com diferentes países.
“O Brasil tem uma longa tradição de facilitar o diálogo e o consenso entre diferentes grupos de países”, destaca o ministro
Segundo ele, o G20 é um fórum global com a capacidade de promover o multilateralismo do século 21.