BC japonês deve reduzir suporte a financiamento adotado durante crise pandêmica, dizem fontes

Publicado em 10 dez 2021, às 08h42. Atualizado às 08h45.

Por Leika Kihara e Takahiko Wada

TÓQUIO (Reuters) – O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês, banco central do país) deve debater já na próxima semana a redução do financiamento de emergência implantado no ano passado para combater uma crise de caixa causada pela pandemia, dizem fontes, seguindo outros bancos centrais na eliminação gradual de políticas de modo crise.

Em uma reunião de política monetária de dois dias a se encerrar em 17 de dezembro, o BoJ deve manter uma política monetária ultrafrouxa, mas debater se estenderá seus programas de emergência para alívio de pandemia para além do prazo atual, de março de 2022.

Embora os detalhes ainda não tenham sido finalizados, o conselho está inclinado a reduzir as compras de títulos corporativos e “commercial paper” (como notas promissórias) do BoJ, dadas as melhorias acentuadas nas condições de financiamento das grandes empresas, disseram quatro fontes familiarizadas com o pensamento do banco central.

Outro esquema de financiamento voltado para empresas menores também pode ser reduzido, embora uma parte dele possa ser estendida para além de março para manter o apoio a varejistas que ainda lutam com o fraco consumo, disseram as fontes.

A decisão será difícil e pode ser adiada até janeiro se a disseminação da variante Ômicron do coronavírus aumentar a incerteza sobre uma frágil recuperação econômica, disseram os interlocutores.

“Os programas pretendiam ser medidas de emergência, portanto, devem terminar em algum momento”, disse uma das fontes.

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