Apple e Google não estão fazendo o suficiente para cumprir lei sobre lojas de aplicativos da Coreia do Sul, diz parlamentar
Por Joyce Lee
SEUL (Reuters) – A Apple e o Google, da Alphabet, não estão fazendo o suficiente para cumprir a lei sul-coreana que proíbe as operadoras das principais lojas de aplicativos de obrigar desenvolvedores a usarem apenas seus próprios sistemas de pagamento, disse à Reuters um parlamentar que liderou a mudança.
A Coreia do Sul alterou a Lei de Negócios de Telecomunicações em agosto para tentar conter o domínio do mercado das grandes empresas de tecnologia e impedir que as grandes operadoras de lojas de aplicativos cobrem comissões sobre as compras dentro do aplicativo.
A lei entrou em vigor em setembro, mas as regras estão sendo redigidas pela Comissão de Comunicações da Coreia.
A Apple disse ao governo sul-coreano que já estava cumprindo a lei e não precisava mudar sua política na App Store, enquanto o Google disse que planeja permitir sistemas de pagamento de terceiros na Coreia do Sul, mas só reduzirá a cobrança de taxa de serviço para desenvolvedores em 4 pontos percentuais quando os usuários escolhem um sistema de faturamento alternativo.
As empresas de tecnologia cobram dos desenvolvedores até 30% de suas vendas em transações no aplicativo.
“Francamente, não estamos satisfeitos”, disse o parlamentar Jo Seoung-lae, que liderou a mudança na lei.
“Taxas excessivas tiram as chances de inovação dos desenvolvedores … o parlamento deve ser informado quando o governo redigir regulamentos detalhados para garantir que haja responsabilidade”, disse Jo.
A Apple e o Google não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A Comissão de Comunicações da Coreia está elaborando minuciosamente os detalhes regulatórios para a lei que será relatada a um comitê parlamentar na quarta-feira e colocada em prática em março do próximo ano, disse o vice-presidente do órgão, Kim Hyun, nesta terça-feira.
No entanto, não está claro como será aplicada nem quais serão as penalidades se as regras forem violadas.
Um primeiro esboço do decreto-lei detalha uma multa de até “2% da receita” como penalidade por infração da lei por operadores de mercado de aplicativos.