Acordo para evitar calote dos EUA e elevar teto da dívida enfrenta teste no Senado
Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) – Um acordo entre líderes democratas e republicanos no Senado dos Estados Unidos para elevar o limite da dívida do governo federal –atualmente em 28,9 trilhões de dólares– passará por um teste nesta quinta-feira quando o plenário do Senado votar a medida.
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira um projeto incomum –aceito pelo líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e pelo líder da minoria, Mitch McConnell– para contornar a regra de “obstrução” do Senado e, em última instância, aumentar a permissão federal para empréstimos por uma maioria simples de votos.
O acordo acontece apenas dois meses depois de o Congresso concordar com um aumento de curto prazo do teto da dívida, para evitar um calote sem precedentes do governo federal de suas obrigações, o que teria implicações catastróficas para a economia mundial.
Os republicanos têm tentado reter seus votos a favor de mais autoridade para empréstimos, argumentando que o aumento facilitaria o caminho para a aprovação do projeto de lei de investimentos domésticos de 1,75 trilhão de dólares do presidente Joe Biden, ao qual se opõem.
Os democratas observam que o projeto é necessário para financiar a dívida, em grande parte contraída durante a administração de Donald Trump, quando republicanos aumentaram voluntariamente a conta do cartão de crédito de Washington em cerca de 7,85 trilhões de dólares, em parte por meio de cortes de impostos e gastos para combater a pandemia de Covid-19.