Bailarina Ingrid Silva sofre racismo nos EUA: "Faxineira?"
A bailarina brasileira Ingrid Silva, considerada como uma das dançarinas clássicas mais conceituadas na atualidade, contou em suas redes sociais que foi vítima de racismo nos Estados Unidos na última segunda-feira (16).
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No relato, Ingrid conta que estava passeando com o marido e a filha Laura, e os três estavam falando português, quando um homem, que também falava o idioma os abordou e puxou assunto sobre uma viagem recente ao Rio de Janeiro.
“Ele disse: ‘Você mora aqui em Philly [Filadélfia]?’. Eu: ‘Não, eu estou trabalhando aqui, vim para trabalhar’. Ele: ‘Cleaning?Faxineira?’. Eu: ‘Faxineira?’, questionei. Quando ele falou isso, ele me pegou de um jeito assim, um choque. Em 14 anos morando em Nova York, nunca conversei com alguém que verbalizasse que, por eu ser uma mulher preta, estaria limpando”, afirmou ela.
Ingrid é uma das figuras mais importantes do ballet mundial e a primeira brasileira a entrar para o Dance Theatre of Harlem, além de ser autora do livro “A Sapatilha que Mudou meu Mundo”, um par de suas sapatilhas pintadas virou peça no Museu Nacional de Arte Africana Smithsonian, nos EUA, como representatividade para pessoas negras.
A bailarina passou 11 anos pintando as sapatilhas rosas, feitas de acordo com a cor de pele das dançarinas brancas, até começarem a fabricar sapatilhas marrom, próximas a cor de sua pele.