Veja os cuidados necessários para evitar que cães e gatos peguem Covid-19
A divulgação dos primeiros casos de cachorros infectados com o coronavírus no Brasil deixou tutores preocupados. No entanto, de acordo com especialistas, o receio de que os bichos possam sofrer as consequências do vírus ou transmitir o Sars-CoV-2 para humanos é infundada.
O buldogue francês e o cão sem raça definida que testaram positivo para o coronavírus em Curitiba não são os primeiros animais detectados com o vírus no Brasil. Em outubro, cientistas da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, identificaram o vírus em uma gata.
Uma das principais preocupações dos tutores de cães e gatos é se os animais correm perigo ou se podem colocar os humanos em risco. Bruno Alvarenga, presidente da Câmara Técnica de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal (CRMV-DF), explica que não há motivo para pânico. “Mesmo que os animais estejam se contaminando, não há evidências de que eles passem a Covid-19 para as pessoas”, frisa ele, que também é professor do Centro Universitário de Brasília (UniCeub).
Uma pesquisa feita Universidade de Granada e a Escola de Saúde Pública da Andaluzia, na Espanha, mostrou que tutores de cachorro têm 78% mais chance de serem contaminados pelo coronavírus. Isso acontece porque os animais podem se contaminar durante o passeio e carregar o vírus para casa. “Os animais em si não passam a Covid-19 nem pela saliva, nem pelas fezes ou urina”, reforça Bruno Alvarenga.
Caso o tutor teste positivo para o coronavírus, a orientação é se isolar dos pets. Isso evita que o pelo dos animais se transforme em uma superfície de contato para o vírus, contaminando outras pessoas.
Outro motivo para manter distância do pet em caso de o dono testar positivo para Covid-19 é que os humanos podem passar o vírus para os bichos. Por isso, caso alguém na casa fique doente, o ideal é se afastar dos animais para não contaminá-los. “Tudo indica que nossos pets são inofensivos nessa cadeia de contágio”, completa Fernanda Filgueiras, da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa Brasil).
Fonte: Metropoles