Saiba como surgiu a expressão “a curiosidade matou o gato”
Nada como um ditado popular para trazer leveza para a nossa língua portuguesa. Eles são muito úteis quando queremos expressar um sentimento ou até mesmo poder falar o que pensa, de maneira mais bem-humorada! E o que falar do ditado “a curiosidade matou o gato”? Já parou para pensar como ele surgiu?
O blog da Petz fez um belo trabalho de investigação para trazer para você qual a origem do ditado popular “a curiosidade matou o gato”. Porém, o que mais vamos falar aqui será sobre a motivação da sua existência relacionada ao comportamento dos felinos. Está curioso para saber? Continue a leitura.
Qual a origem do ditado “a curiosidade matou o gato”?
Existem várias versões históricas para a origem do ditado “a curiosidade matou o gato”. Uma delas é que, na Idade Média, muitos gatos eram executados por estarem associados às bruxas. Para isso, colocavam armadilhas que acabavam aguçando a curiosidade dos coitadinhos, e o resultado vocês já sabem.
Mas por que os pobres gatinhos não escapavam desse fim tão trágico? Aí é que se inicia a explicação que mais interessa a vocês, gateiros de plantão. Quando analisamos o comportamento dos bichanos nas nossas casas, conseguimos entender perfeitamente por que a curiosidade matou o gato. Confira a seguir.
O gato precisa explorar
Você já reparou que mesmo o gato mais tranquilo não deixa de explorar o ambiente? O instinto da curiosidade a respeito do novo é tão importante para ele quanto respirar. Isso porque a necessidade de ter controle do ambiente é inerente à espécie.
Portanto, dá para adivinhar porque a curiosidade matou o gato, não é mesmo? Seu ímpeto de desvendar os mistérios pode colocá-lo em uma grande enrascada, o que também dá a entender que, na época em que surgiu o ditado, nada era feito para que isso fosse evitado, como os cuidados com a sua segurança, por exemplo.
Por outro lado, é importante que o tutor não tente tolher o instinto curioso dos gatinhos, mesmo que a intenção seja poupá-los dos riscos. Quando proporcionamos pequenas novidades inofensivas, estamos promovendo algo que é tão importante para eles: o ato de explorar.
Veja abaixo o que pode ser feito para estimular o perfil aventureiro dos gatinhos de forma segura e o que não é benéfica para ele, mesmo que pareça provocador e estimulante.
O que pode ser feito
- Colocar no seu espaço objetos novos, como arranhadores, brinquedos e tocas;
- Mudar gradativamente de lugar os objetos que já são dos gatos;
- Adicionar novos odores ao ambiente. Plantas cheirosas podem ser uma alternativa para isso, como o alecrim.
O que não pode ser feito
- Assustar o gato com algum objeto;
- Forçar o pet a explorar. Se ele não quer ter contato com algo ou alguém, não force. O ideal é respeitar o tempo dele.
Associar um objeto novo a algo que ele goste também é uma forma de proporcionar bem-estar ao seu bichinho. Colocar no mesmo pacote algo novo e um petisco ou ração, brinquedo favorito e até mesmo o carinho pode deixar tudo mais tranquilo.
Saiba como o instinto caçador traz riscos para os gatos
Os gatos são ótimos caçadores pelo simples fato de serem bastante focados nas suas presas. Aquele momento ímpar, da caça e do caçador, faz com que os bichanos esqueçam de tudo ao redor, inclusive dos perigos.
Essa característica herdada dos seus antepassados segue com eles até o fim da vida. Por isso, o tutor precisa manter o pet seguro dentro de casa, embora seja uma tarefa muito difícil de cumprir. Confira dicas que podem ajudar a ter êxito nessa importante missão:
- Se morar em casa, cerque o entorno;
- Se estiverem em um apartamento, tele todas as janelas e varandas;
- Não acredite quando te falarem que gatos se jogam de janelas;
- Gatos não fogem de casa sem pensar em voltar;
- Ignore a frase que diz que o gato tem sete vidas. Isso não passa de mito.
Já o ditado popular que trouxemos aqui faz todo o sentido. Se, por um lado, a curiosidade dos gatos ou o sentido em explorar preserva o seu instinto natural, por outro, pode ser a principal causa de acidentes. Então, em casos como esses, o que garante o bem-estar do peludo é o bom senso.
Dessa forma, podemos encerrar o texto com outro ditado popular brasileiro que diz que “de seguro, morreu o velho”. Ou seja, assim como nós, seu gatinho de estimação tem direito aos cuidados necessários para que ele tenha uma vida longa e saudável.
Agora, da próxima vez que você ouvir dizer que a curiosidade matou o gato, lembre-se: esse ditado poderia nem existir se o senso de responsabilidade dos tutores fosse evidenciado lá atrás, na Idade Média.
Fonte: Petz.